Confira no Blog

Confira na guia "Links", o acesso à TV e Rádio Alepe, TV e Rádio do Governo de Pernambuco

Concursos Públicos

Confira os concursos para a Região Nordeste

Contato

Criamos mais esse canal de comunicação com você leitor do Blog Visão do Araripe!

Marco Civil da Internet.

Seus direitos e deveres em discussão

Site Tome Conta do TCE-PE

Saiba onde seu dinheiro está sendo investido através deste site do Tribunal de Contas de Pernambuco.

Mostrando postagens com marcador FETAPE. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador FETAPE. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 8 de junho de 2015

A Alepe x A agricultura


Pernambuco tem um espaço rural forte, mesmo com as dificuldades oriundas da seca e com a ausência de ações estruturadoras para a região semiárida e para a Zona da Mata. Aqui, há um número expressivo de propriedades rurais da agricultura familiar. De acordo com dados do Prorural, são 270 mil estabelecimentos ocupados por mais de um milhão de pessoas, segundo estimativas, o que representa mais de 10% da população do estado. Isso sem contar, os segmentos da população que dependem da agricultura familiar para viver.
Dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA - apontam que a agricultura familiar tem um papel fundamental para segurança alimentar do país.Esses trabalhadores e trabalhadoras rurais que, para muitos, são invisíveis, são os responsáveis por 70% dos alimentos que chegam às mesas da população, além de gerarem sete de cada dez empregos no campo.
Porém, essa realidade não esta sendo levada em consideração pela Assembleia Legislativa de Pernambuco e mais precisamente pelos deputados que formam a Comissão da Agricultura, Pecuária e Política Rural. Eles estão propondo mudar o nome dessa Comissão para Agronegócio, Recursos Hídricos e Desenvolvimento do Semiárido. Isso demonstra que a maior parte dos que tem assento na Casa Joaquim Nabuco ignora completamente o valor da agricultura familiar e suas pautas.
O Deputado Miguel Coelho, atual presidente da Comissão, mostra, com esse posicionamento, um profundo desconhecimento do tema, ou age de forma consciente e deliberada e sem nenhuma responsabilidade com uma gente que vem contribuindo para desenvolver este estado, com luta e persistência,  mesmo diante das adversidades e da falta de apoio dos Poderes Legislativo e Executivo.
Entendemos esse passo da Comissão como um retrocesso. Se o nosso Mané (Manoel Santos - deputado estadual falecido no ultimo mês de abril) estivesse vivo travaria, sem dúvida alguma, uma verdadeira luta para que os agricultores e agricultoras familiares não ficassem renegados ao segundo ou terceiro plano. Ele, que era vice-presidente dessa instância, não permitiria que fosse dado esse passo atrás; não atuaria de olho no agronegócio que, por sinal, tem provocado prejuízos ambientais enormes, por causa dos altos índices de poluição das nossas águas e de envenenamento dos nossos solos.
É impressionante a negação da existência e da importância da agricultura familiar para as três regiões do nosso estado. A falta de conhecimento do meio rural se expressa em muitas leituras equivocadas como, por exemplo, a de achar que a Zona da Mata não possui agricultura familiar. O texto que propõe mudança no nome e no conteúdo da atuação da Comissão da Alepe ignora completamente a realidade dessa região.
Pernambuco precisa evoluir no apoio à agricultura familiar. Não queremos migalhas, mas políticas, ações que promovam um processo de fortalecimento dessa atividade. Precisamos de atitudes estruturantes, tanto por parte do Governo do Estado, criando um instrumento especifico de atendimento a esse segmento, com profissionais e orçamento; como uma adequada atuação da Assembleia Legislativa, que precisa fiscalizar e propor ações que venham a dar maior dinamismo e força para esse meio rural que não tem só capim, cana ou boi, mas que tem gente, homens, mulheres, jovens e crianças.
Esperamos, portanto, que essa Comissão reveja suas posições e se coloque ao lado dos agricultores e das agricultoras familiares.  Os legisladores precisam considerar os números e a importância dessa atividade em Pernambuco. Esperamos que não se reproduza a exclusão e a indiferença a um segmento que historicamente é penalizado. Que um campo com gente feliz seja uma realidade e não uma utopia. Os governantes e deputados precisam ser justos, pois a nossa gente quer apenas o direito de viver, produzir e reproduzir com dignidade. 
Fonte: ASCOM - FETAPE

terça-feira, 26 de maio de 2015

FETAPE completa 53 anos


A Fetape completa 53, em 06 de Junho de 2015, e durante toda a sua história desenvolveu ações que promoveram mudanças importantes na vida de agricultores familiares e assalariados rurais, inclusive no jeito de essas pessoas serem tratadas e respeitadas por patrões e governos. Foi em nosso estado que aconteceu a maior greve do campo; foi aqui o maior número de ocupações de terras em um mesmo dia; foi Pernambuco que presidiu a CONTAG pelo maior tempo de sua história. Hoje, a FETAPE conta com 179 Sindicatos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (STTRs) filiados, tendo representatividade legal e política, e assumindo a responsabilidade de ser uma das maiores federações do Brasil.

Nesse contexto, registramos este dia 25 de maio como um momento histórico. Hoje, é iniciado o processo de criação de um novo instrumento de luta e organização dos assalariados e assalariadas rurais, a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Pernambuco – FETAEPE. O objetivo é que ela seja uma entidade sindical classista, que atuará em parceria com a FETAPE para o fortalecimento da luta e das conquistas dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo.

É importante destacar que esse passo será acompanhado de vários outros, até o seu reconhecimento pelo Ministério do Trabalho, órgão responsável por autorizar a existência dessa nova organização, que somente passará atuar após o seu registro, conforme determinam as leis atuais. Até que todo esse processo seja concluído a FETAPE continuará representando as duas categorias: agricultores familiares e assalariados rurais.

Hoje temos várias organizações que se denominam Sindicatos, mas que mentem para os trabalhadores e ignoram completamente a legislação, que determina em que condições podem ser adquiridos registros para a atuação como entidade sindical.

A Fetape tem práticas e atitudes que a diferenciam desses grupos, pois sempre pautou suas ações com compromisso e responsabilidade com os trabalhadores e trabalhadoras, buscando atuar em prol dos interesses coletivos e, por isso, apoia a constituição própria da representação dos assalariados e assalariadas. Entendemos que essa ação é necessária para o fortalecimento dessa categoria, bem como para evitar que pessoas sem compromisso com o campo e sem história possam enganar a nossa gente.

Nesse sentido, todos os passos serão articulados com os nossos Sindicatos, de maneira responsável, e a partir da necessidade do município e da região. Entendemos que a FETAPE possui legitimidade, por sua história e seu compromisso com essa categoria, durante toda a sua existência, para articular e organizar cada vez mais a sua base, buscando responder aos novos desafios do século 21.   

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Olimpíada e Festival fortalecem lutas da juventude do campo pernambucano


Com o objetivo de possibilitar uma articulação entre  atividades esportivas, de lazer e as grandes bandeiras de luta dos jovens do campo, acontece, neste final de semana (10 a 12/04), no município de Carpina, na Zona da Mata de Pernambuco, a 1ª Olimpíada e 6º Festival da Juventude Rural . A atividade é realizada por meio de uma parceria entre o Ministério dos Esportes, a Universidade Federal Rural  de Pernambuco (UFRPE) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape). A temática “Políticas públicas para uma sucessão rural com qualidade de vida” será o mote de todos os debates ocorridos durante o evento. Cerca de 350 participantes, de todo o estado, estão sendo aguardados.
A representante da UFRPE, pelo Departamento de Educação, Joanna Lessa, avalia que a sucessão rural, pauta apresentada pelo Movimento Sindical Rural, é um tema que precisa contar com a contribuição da Universidade. “Um dos gargalos que tem feito com que os jovens não se interessem em permanecer no campo, é essa construção do campo como um espaço só de produção e não como um espaço de vida. Quando são garantidos os direitos sociais no lugar onde as pessoas vivem, são oferecidas as condições necessárias para que elas permaneçam no seu território”, defende.
Sobre o Festival e a Olimpíada, ela destaca que esses eventos chamam a atenção para um ponto muito importante: “Precisamos pensar que o jovem do meio rural tem direitos que estão assegurados pela Constituição Federal, como é o caso do esporte e do lazer”.
Além disso, a professora destaca a importância de entender essas duas  atividades como momentos de formação para os estudantes da Universidade e para os jovens envolvidos. “Nesse espaço se consegue materializar ensino, pesquisa e extensão de forma indissociável, e garantir o diálogo como ferramenta fundamental para construção do conhecimento. Isso pode ser visto durante as reuniões de organização e estudo, realizadas ao longo dos últimos meses, com os jovens planejando e executando todo o projeto. Esses eventos, na verdade, são bons frutos. Representam a culminância de um processo de construção participativo e comprometido".
Na pauta da atividade, estão programadas oficinas temáticas coordenadas por estudantes dos cursos de Licenciatura em Educação Física e em Ciências Agrícolas da UFRPE, que terão metodologia multidisciplinar. Nelas, serão debatidos os seguintes temas: Lutas e Sindicalismo; Agricultura Familiar e Agroecologia; Reforma Agrária e Sucessão Rural; Estatuto da Juventude e Políticas Públicas; Marcha das Margaridas, Gênero e Geração; e Reforma Política. Em cada  sala, haverá sempre ligação entre essas abordagens e os esportes, os jogos, a dança, a ginástica, a percussão, as artes ou o teatro.
As modalidades esportivas prometem mobilizar a juventude que, antes de chegar a essa etapa estadual, participou de momentos em suas regiões. Serão praticados Futebol de Campo (masculino/feminino); Futsal (masculino/feminino); Sinuca (masculino/feminino); Corrida (masculino/feminino); Salto (masculino/feminino);  além de Dominó, Dama e Xadrez (que poderá envolver ambos os sexos).
Para a Direção da Fetape, a 1ª Olimpíada e o 6º Festival da Juventude Rural acontecem em um momento bastante oportuno, já que este é um ano de realização das Conferências de Políticas para a Juventude, e também pelo processo que está sendo vivenciado de reativação do Conselho Estadual de Políticas Públicas de Juventude (CEPPJ-PE), há três anos sem funcionar.
Nesse sentido, a Diretoria de Política para a Juventude da Federação quer aproveitar este final de semana para discutir com os jovens camponeses de que maneira eles estarão envolvidos nesses espaços, e como poderão contribuir com esse processo de construção de propostas. “Temos muitas políticas asseguradas pela Constituição, mas que não chegam aos jovens rurais. E, muitas vezes, quando chegam, são adaptadas, não condizendo com a realidade determinada pela lei. Queremos aproveitar espaços como os das Conferências e o do  Conselho Estadual da Juventude  para propor políticas e pressionar para que a juventude rural possa acessá-las”, explica a diretora, Adriana do Nascimento.
Sobre a abordagem Políticas Públicas para uma Sucessão Rural com Qualidade de Vida, que estará presente durante toda a atividade, Adriana analisa que não tem como dialogar com esse tema, sem discutir as ações que precisam chegar ao campo. Para ela, a sucessão rural só vai acontecer quando os/as jovens estiverem acessando terra, créditos, educação, cultura, esportes e saúde. “Esse conjunto de políticas precisa estar bem articulado, para podermos garantir que o campo continue com gente produzindo e gerando qualidade de vida”, conclui.

A realização da 1ª Olimpíada e 6º Festival da Juventude Rural conta também com a parceria dos Cursos de Licenciatura em Ciências Agrícolas e em Educação Física da UFRPE, do  Núcleo de Agroecologia e Campesinato (NAC) e do Laboratório de Estudos e Pesquisa em Educação Física, Esporte e Lazer (LEPEL./PE)."


Programação da 1ª Olimpíada e 6º Festival da Juventude Rural
Sexta-feira (10/04), às 16h30 – no Centro Social Euclides Nascimento – Mística de Abertura,  com a participação dos músicos do Projeto       Pau e Lata, de Natal/Rio Grande do Norte
17h30 – Abertura Politica – que contará com representantes do Ministério dos Esportes, UFRPE, Fetape, Governo  do Estado, entre outras entidades, e da Comissão Estadual da Juventude Rural (Cejor)
Sábado (11/04) – 8h - Oficinas Temáticas – No Centro Social Euclides Nascimento e Cetreino
16h – Modalidades Esportivas – no Cetreino
20h – Noite Cultural e Desfile da Garota e Garoto Rural – no Centro Social EuclidesNascimento
 Domingo (12/04) - 8h - Modalidades Esportivas – no Cetreino
 11h – Entrega das Medalhas – (local a ser definido)
 2h – Mística de Encerramento