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quarta-feira, 15 de abril de 2015

PSol ajuíza mandado de segurança contra governador por corte de ponto dos professores

Imagem: Folha PE

Deputado Edilson Silva entrou na Justiça para garantir que docentes em greve não deixem de receber salários.´

O deputado estadual Edilson Silva, presidente do PSol em Pernambuco, comunicou ontem que o partido ajuizou um mandado de segurança contra o governador Paulo Câmara (PSB) pela ameaça de cortar o ponto dos professores da rede estadual, em greve desde a última segunda-feira (13). Edilson foi à tribuna durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira (14), para endurecer o tom contra o governo, que segundo ele estaria utilizando "artilharia pesada" contra os docentes.

Com o plenário já esvaziado, Edilson não poupou críticas a Paulo Câmara. "Estamos questionando o abuso de autoridade do governador Paulo Câmara e de seus secretários de administração e de educação. Mais uma vez tenho que ser protagonista de um mandado de segurança contra o governador de estado. Das duas uma: ou é um governo que tem uma carência crônica e escandalosa de assessoria jurídica ou é um governo que tem o seu DNA na mais fina flor do autoritarismo, da falta de respeito com o estado democrático de direito. Parece que falta ao governo Paulo Câmara um advogado em princípio de carreira que lhe explique que direito de greve é algo que está consagrado na legislação brasileira", disparou.

No início de março, Edilson já havia entrado na Justiça com um mandado de segurança para garantir o pagamento do piso nacional dos professores aos docentes pernambucanos. No fim de março, a Assembleia aprovou projeto do Executivo (79/2015) garantindo 13,01% para professores com nível médio. Os profissionais com licenciatura plena e dez anos de serviço receberam 0,89% de aumento. Com isso, os professores decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A rede tem 49.816 docentes, entre ativos e aposentados, e a categoria cobra o cumprimento da Lei do Piso Salarial, que garante o reajuste de 13,01% a todos os professores e não só aos profissionais com nível médio. Cerca de 650 mil estudantes da rede estadual estão sem aula.

A portaria que determina o corte do ponto dos professores foi publicada nesta terça e inclui a a possibilidade de rescisão dos contratos dos temporários e a troca de localização dos servidores lotados nas escolas de referência. O governo informou que não vai negociar com os professores até que a paralisação seja suspensa. “Mesmo antes da primeira negociação, o Sintepe, em atitude inusitada, já havia decretado estado de greve e paralisações, o que não alterou o propósito do governo de continuar dialogando. Após a terceira negociação, o Sintepe rompeu o diálogo e decretou greve, por tempo indeterminado, prejudicando o ano letivo dos alunos da rede pública”, informou a assessoria da administração estadual, através de nota enviada à imprensa.


Fonte: Diário de Pernambuco

segunda-feira, 13 de abril de 2015

TJPE ameaça desativar comarcas, mas governo nega corte orçamentário


Desembargador Frederico Neves se diz surpreendido por 'corte expressivo'.

Palácio das Princesas afirma que negou pedido para ampliação das verbas.


A oferta de serviços judiciais no estado poderá ser reduzida este ano em função de um corte no orçamento do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). De acordo com nota divulgada na tarde desta quinta-feira (09), o presidente do TJPE, desembargador Frederico Neves, "foi surpreendido com a notícia de que o Poder Executivo confirmará corte expressivo no orçamento do Poder Judiciário".
O governo do estado, no entanto, nega que qualquer redução de verbas tenha sido feita. "O Governo de Pernambuco vem a público deixar claro que não houve nenhum corte no orçamento do Poder Judiciário. O repasse do duodécimo mensal do Poder Judiciário, em que pese o contexto de crise econômica e financeira nacional, vem ocorrendo normalmente – sem nenhum corte – todo dia 20 do mês, de acordo com os valores estabelecidos pela Lei Orçamentária para o exercício de 2015, aprovada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2014", diz comunicado divulgado pelo Palácio do Campo das Princesas.
Ainda conforme a nota, o que foi negado ao TJPE foi um pedido para aumento do orçamento já previsto. "Este ano, o Governo do Estado recebeu um novo pleito do Judiciário para ampliação dos valores - envolvendo as fontes próprias do Tesouro estadual - estabelecidos na Lei Orçamentária em vigor. Infelizmente, diante do atual cenário nacional, não poderá ser atendido de imediato, o aumento pedido pelo citado Poder".
Por volta das 20h, o Tribunal de Justiça de Pernambuco divulgou nova nota, reafirmando a ocorrência da diminuição das verbas. "Ao tempo em que estranha a negativa do Governo, o TJPE reafirma a ocorrência de corte no orçamento do Poder Judiciário, definido na Lei Orçamentária Anual (No. 15.436, de 23/12/2014). Esclarece, ainda, que embora esteja havendo repasse do duodécimo mensal, a redução foi promovida em uma das fontes definidas pelo próprio Executivo para o repasse dos recursos", diz o documento.
Redução de serviços
Segundo o TJPE, entre os serviços que poderão ser comprometidos estão a desativação de comarcas do interior; a duplicação do número de varas de Violência contra a Mulher no Recife (hoje são duas) e das varas de Entorpecentes também da capital (atualmente são quatro); a instalação das varas de Violência Contra a Mulher em Caruaru e Petrolina; a criação da Vara de Combate ao Crime Organizado e de mais uma Vara de Execuções Penais.
Na próxima segunda-feira (13), o pleno do TJPE se reunirá, extraordinariamente, para definir quais providências administrativas e judiciais serão adotadas em função da redução orçamentária.

'Interferência do Executivo'
Na primeira nota, o presidente do Tribunal de Justiça questiona, ainda, a interferência do Executivo no Judiciário. "A nenhum Governo é dado, ainda que sob a alegação de dificuldades, adotar, como primeira alternativa, postura que viole a independência de outro Poder, mediante a supressão de orçamento, de forma unilateral, sem comunicação formal e sem prévia deliberação do Poder Legislativo. O desrespeito à autonomia do Poder Judiciário, nessa magnitude, é comportamento reprovável nunca antes vivenciado em Pernambuco, que põe em risco o Estado Democrático de Direito", diz o documento.
O governo do estado, por sua vez, afirma que "respeita a autonomia dos Poderes estabelecidos pela Constituição Federal, com os quais mantém uma relação de esforço mútuo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. (...) O Governo do Estado reitera o respeito ao Poder Judiciário e aos seus membros. O Governo está aberto ao diálogo e com a disposição de continuar a verificar, conjuntamente, alternativas ao pleito apresentado".
Assembleias de servidores e oficiais de Justiça
Na tarde desta quinta, representantes do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado (Sindjus-PE) fizeram uma assembleia e decidiram por três dias de paralisação e um calendário de mobilizações. Eles reivindicam a implantação do plano de cargos para a categoria, o que vai implicar em melhoria salarial e de condições de trabalho.
Na segunda (13), haverá paralisação e um ato no pleno do Tribunal de Justiça, com concentração às 9h. Na terça (14), a paralisação continua, com atendimento somente dos casos de urgência. Na quarta (15), além da paralisação, haverá mobilização o dia todo nos fóruns e uma assembleia marcada para as 14h, no Fórum Paula Batista, no Recife. Durante a paralisação, serão atendidos apenas os casos de urgência, que são os que envolvem réus presos, casos de saúde, menor infratores ou crianças em perigo e apreciação de pedidos de liminares.
Também nesta quinta, o Sindicato dos Servidores de Justiça do Estado de Pernambuco (Sindjud-PE) realizou assembleia e definiu por duas paralisações este mês. A primeira será na segunda (13), terça (14) e quarta (15) da semana que vem. Na semana seguinte, a categoria deve parar por mais dois dias.
Nos dias de paralisação, os servidores vão para seus locais de trabalho, mas só atendem a demandas de urgência, como audiências envolvendo réus presos, processos de pensão alimentícia, apreciação de liminares e pedidos de habeas corpus. O atendimento ao público e os procedimentos administrativos de rotina não são feitos; as audiências regulares são canceladas.
"A assembleia de hoje foi para avaliar as conversas com o Tribunal de Justiça, a partir do compromisso assumido pela gestão do tribunal para o plano de valorização da carreira dos servidores. Diante da situação da alta evasão nos últimos anos, bem como de defasagem salarial, o Tribunal apresentou em 2014 uma proposta de melhoria na carreira. Não é o projeto ideal, mas o sindicato aprovou o anteprojeto por unanimidade", explica Marcelo Adriano, secretário-geral do Sindjud-PE. Esse projeto, no entanto, ainda não foi encaminhado para a Assembleia Legislativa.