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quinta-feira, 21 de março de 2019

MP divulga ranking das cidades mais pacificadas de PE em 2018; Ibirajuba, no Agreste, foi a primeira colocada


Caruaru aparece na lista como a sexta colocada no Índice de Pacificação.

Por: Visão do Araripe

 Ibirajuba, no Sertão do São Francisco, é a cidade com o mais alto índice de pacificação, segundo dados do Ranking de Pacificação do projeto Cidade Pacífica, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), divulgado nesta semana. A cidade é seguida por Cabrobó e Lagoa Grande, em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Cabrobó oscilava entre o terceiro e o quarto lugar, tendo adotado diversas medidas para coibir a violência, alcançou a segunda posição.  O principal objetivo do ranking é informar o quanto cada município avançou após a adoção de medidas concretas, por parte dos gestores públicos, para reduzir os índices de criminalidade e aumentar a sensação de seguranças nos moradores.

“Estamos investindo no apoio à população e aos governos municipais no combate à violência e no aumento da sensaçã de segurança junto ao cidadão. O MPPE cumpre seu compromisso de respaldar os gestores públicos sobre a eficiência de suas atitudes  com o Cidade Pacífica. Eles monitoram seu desempenho e se estimulam a melhorar para conseguir atingir uma boa posição no ranking”, afirma o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Criminal (Caop Criminal), promotor de Justiça Luís Sávio Loureiro. Ainda segundo ele, dezenas de municípios pernambucanos estão em trâmite com o processo de adesão ao projeto.

Na quarta e na quinta posição estão as cidades de Orocó e Petrolina. A primeira saiu da terceira posição, na primeira divulgação do ranking para a posição em que está hoje. Em sexto colocado está a cidade de Caruaru; em sétimo, Cahoeirinha; na oitava posição, Santa Maria da Boa Vista; em nona posição, Floresta; na décima, Altinho. Em 11ª está Bezerro; em 12º está o município de Escada; em 13º está Igarassu; em 14º a cidade de Gravatá, no Agreste; em 15º está Cupira.

O ranking, que tem como base os dados de criminalidade divulgados pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), quando é possível comparar o desempenho dos municípios logo após eles assinarem Termo de Cooperação Técnica para adesão ao Cidade Pacífica. Assim, se pode avaliar o quanto houve de mudança de um período a outro e o quanto cada município se esforçou para mudar seu cenário de insegurança.

“É um projeto que está se espalhando por Pernambuco. Nós do MPPE defendemos que a sociedade pode contribuir para a sua própria pacificação. Não há como resolver o problema da violência sem contar com a participação popular. O Cidade Pacífica busca soluções de acordo também com as particularidades locais apontadas pelos moradores”, comentou o procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros.

O município pode aderir ao Cidade Pacífica por meio de convênio firmado com o MPPE, por intermédio da promotoria local, devendo implementar no mínimo sete desses eixos, de acordo com a sua realidade. “São medidas simples que aumentam a sensação se segurança da população, como, por exemplo, melhorar a iluminação das ruas. As pessoas se sentem mais confortáveis em sair de casa, trazendo mais trânsito para os espaços públicos, e os criminosos se sentem mais inibidos em cometer alguma violência”, comentou Luís Sávio Loureiro.

Com o ingresso no projeto, as Prefeituras podem apresentar medidas distribuídas em nove eixos temáticos propostos pelo MPPE. Os eixos são: Guarda municipal pacificadora; Segurança nos estabelecimentos comerciais/bancários; Esporte pacificador/Cultura/Lazer; Mesa municipal de segurança; Proteção integrada pacificando escolas; Empresas solidárias; Transporte pacificador; Iluminação pacificadora; e Pacificando Bares e similares (operação Bar Seguro).

MÉTODO - O Índice de Pacificação é representado numa escala de 0 a 5, onde 0 indica um município menos pacificado. Quanto mais próximo de 5, maior o nível de pacificação do município. O indicador é calculado a partir de uma média ponderada entre o CVLI (Crimes violentos letais e intencionais) e o CVP (Crimes violentos contra o patrimônio), a qual foram atribuídos os pesos de 80% e 20%, respectivamente. O índice possibilita gerar o ranking dos municípios com maior nível de pacificação. Também é possível comparar o desempenho dos municípios entre períodos diferentes e avaliar o quanto mudou de um período para o outro. Esse percentual de variação do índice de pacificação possibilita destacar o esforço de cada município em mudar o cenário da criminalidade.

Confira o ranking na íntegra:



 Fonte: MPPE

Urgente: Força-tarefa da Lava Jato prende Michel Temer e faz buscas por Moreira Franco


Imagem de arquivo de junho de 2018 mostra o então presidente Michel Temer com o então ministo Moreira Franco durante assinatura de decretos que regulamentam o Código de Mineração — Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro.

Por: Visão do Araripe

A Força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta quinta-feira (21), Michel Temer, ex-presidente da República. Os agentes ainda tentam cumprir um mandado contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

Desde quarta-feira (20), a Polícia Federal (PF) tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, sem ter sucesso. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou.

     Michel Temer e Moreira Franco em foto de outubro do ano passado — Foto: Isac Nóbrega/Arquivo Presidência da               República

Fonte: Arthur Guimarães, Paulo Renato Soares e Marco Antônio Martins, TV Globo e G1 Rio

Ipea: jovem tem menos chance de ser contratado e mais de demissão


    Ipea aponta que o mercado de trabalho é mais severo com quem tem 18 a 24 anos

    Fernando Frazão/Agência Brasil



Segundo pesquisa, os jovens enfrentam mais dificuldades para conseguir trabalho e, quando empregados, são os mais vulneráveis à demissão.

Por: Visão do Araripe

O mercado de trabalho é mais severo com as pessoas de 18 a 24 anos. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os jovens enfrentam mais dificuldades para conseguir trabalho e, quando empregados, são os mais vulneráveis à demissão.

“A probabilidade de o jovem estando desempregado conseguir emprego é menor do que os outros trabalhadores. E uma vez empregado, a probabilidade de ele ser demitido é muito maior do que a dos outros trabalhadores. É uma conjuntura muito ruim para os jovens”, analisa a diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, Maria Andreia Parente Lameiras.

De acordo com a Carta de Conjuntura publicada pelo instituto nesta nessa quarta-feira (20), o crescimento da população ocupada perdeu ritmo ao longo de 2018 e na passagem do ano. O estudo é feito com base nos dados da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No trimestre (móvel) formado pelos meses de novembro e dezembro do ano passado e janeiro deste ano, a taxa de crescimento da ocupação (trabalho formal ou informal) foi de 0,9%. Entre as pessoas de 18 a 24 anos, não houve crescimento e, sim, retração de 1,3%.

Segundo Andreia Lameiras, os jovens são mais penalizados porque têm menor experiência profissional e podem demandar mais treinamento para ingressar no trabalho. “Quando a economia está em crise, e uma empresa vai dispensar trabalhadores, [o empresário] acaba por afastar aqueles que julga que a saída irá impactar menos na produtividade”. Além disso, “sempre pesa o fato de que os mais jovens não são chefes de família”, lembrou a diretora.

Lameiras ressalta que mesmo no mercado informal e no trabalho por conta própria, os mais jovens desempregados têm mais dificuldades de ingresso. Assim, agrava-se a possibilidade de que desistam de procurar trabalho, mantenham-se como dependentes, e ingressem no contingente de “desalentados”. Em janeiro, a taxa de pessoas desalentadas (todas as idades) teve alta de 6,7% na comparação com o ano anterior.

Nota do Ipea acrescenta que a lenta recuperação do mercado de trabalho, com regressão da ocupação entre os mais jovens, “vem gerando aumento no número de domicílios que declararam não possuir renda de trabalho”.

De acordo com o Ipea, a Pnad do IBGE registrou cerca de 16 milhões de casas sem renda proveniente do trabalho no último trimestre de 2018, “o que equivale a 22,2% das quase 72 milhões de residências no país”. No mesmo período de 2017, a proporção era de 21,5%. Antes da recessão [final de 2013], o percentual era de 18,6%.

Fonte: Da Agência Brasil

Ibope: Rejeição a Bolsonaro explode em periferias e grandes cidades


A região Nordeste dá ao governo a maior rejeição: 49%, um aumento de 19 pontos percentuais em relação a janeiro


Por: Visão do Araripe

A queda na popularidade de Jair Bolsonaro, aferida pela pesquisa do Ibope divulgada nesta quarta 20, foi mais vertiginosa nos centros urbanos do Brasil. Nos municípios com mais de 500 mil habitantes, o percentual dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo cresceu 18 pontos percentuais — de 14% em janeiro para 32% em março.
O tombo foi ainda maior nas cidades da periferia, onde Bolsonaro desagrada 3 em cada 10 eleitores. No primeiro mês de governo, os que desaprovavam eram 8%. Esse número subiu para 19% em fevereiro e chega agora a 29%. Um aumento de 22 pontos percentuais.
A rejeição ao governo também cresceu significativamente entre os brasileiros que têm entre 45 e 54 anos. Em janeiro, apenas 9% consideravam ruim ou péssima a gestão do militar. Agora, são 26%.
Desde a posse, a aprovação a Bolsonaro caiu mais de 20 pontos percentuais entre os seguintes grupos: população de 45 a 54 anos (de 70% para 45%), moradores de cidades periféricas (de 63% para 42%) e entre os que só completaram o ensino fundamental (de 69% a 49%).
Já a região Nordeste dá ao governo a maior rejeição: 49%, um aumento de 19 pontos percentuais em relação a janeiro.
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre os dias 16 e 19 de março, com margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Ricos e evangélicos sustentam aprovação

Os mais ricos ainda são os que melhor avaliam Bolsonaro (49%), mas esse número também caiu: era de 57% em janeiro. Entre os homens e moradores de cidades pequenas (com até 50 mil habitantes) a aprovação atinge 57%. O apoio também é alto entre os que se autodeclaram brancos (42%).
Entre os evangélicos, outra base importante do presidente, a avaliação positiva é de 61%. O segmento também é o que mais confia no presidente (56%).
As regiões Norte e Centro-Oeste foram as únicas onde o apoio a Bolsonaro cresceu em relação a fevereiro: 42% consideram o governo bom ou ótimo.

Fonte: Thais Reis Oliveira — Carta Capital

quarta-feira, 20 de março de 2019

Rodrigo Maia critica Sérgio Moro e diz que ministro da Justiça 'conhece pouco a política'


   O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, após reunião na data de apresentação do pacote anticrime, na Câmara dos Deputados — Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Deputado afirmou que Moro copiou e colou projeto do ministro do STF Alexandre de Moraes sobre combate ao crime organizado. Moro diz esperar que o projeto seja tratado com a 'urgência que o caso requer'.

Por: Visão do Araripe

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia(DEM-RJ), fez críticas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, nesta quarta-feira (20). O parlamentar afirmou que Moro "conhece pouco a política" e está "passando" daquilo que é sua responsabilidade como ministro.

Sobre as declarações do presidente da Câmara, Moro afirmou que apresentou, em nome do governo, "um projeto de lei inovador e amplo contra crime organizado, contra crimes violentos e corrupção, flagelos contra o povo brasileiro".

"A única expectativa que tenho, atendendo aos anseios da sociedade contra o crime, é que o projeto tramite regularmente e seja debatido e aprimorado pelo Congresso Nacional com a urgência que o caso requer. Talvez alguns entendam que o combate ao crime pode ser adiado indefinidamente, mas o povo brasileiro não aguenta mais", afirmou Moro.

Maia deu as declarações ao ser questionado sobre a postura de Sérgio Moro em relação ao andamento do pacote que enviou à Câmara com propostas de combate à corrupção, ao crime organizado, e a crimes violentos. A proposta de Moro, que contém três projetos, foi encaminhada ao Congresso em fevereiro.

“Eu acho que ele conhece pouco a política. Eu sou presidente da Câmara, ele é ministro, funcionário do presidente Bolsonaro. O presidente Bolsonaro é que tem que dialogar comigo. Ele está confundindo as bolas. Ele não é presidente da República. Ele não foi eleito para isso. Está ficando uma situação ruim para ele, porque ele tá passando daquilo que é a responsabilidade dele”, disse Rodrigo Maia.

Em outro momento da entrevista, Maia afirmou que o pacote de Sérgio Moro é uma cópia da proposta encaminhada à Câmara, no ano passado, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O magistrado liderou uma comissão de juristas, que elaborou projeto para combater crime organizado e tráfico de armas e drogas.

Maia acrescentou que a Câmara vai analisar o pacote de Moro e a proposta da comissão de juristas de maneira conjunta. Mas que isso vai acontecer, “no momento adequado”, depois de os deputados votarem a reforma da Previdência.

“O projeto é importante. Aliás ele tá copiando o projeto do ministro Alexandre de Moraes. Copia e cola. Então, não tem nenhuma novidade. Poucas novidades no projeto dele. Nós vamos apensar um ao outro. O projeto prioritário é o do ministro Alexandre de Moraes”, declarou o presidente da Câmara.

Na última sexta-feira (15), Rodrigo Maia determinou a criação de um Grupo de Trabalho para analisar os projetos em um prazo de 90 dias.

Pacote anticrime e Previdência

 

Mais cedo, nesta quarta, Sérgio Moro disse que o pacote anticrime pode "tramitar em conjunto" com a proposta da reforma da Previdência e afirmou que mantém conversas com Rodrigo Maia.

"Nós estamos conversando muito respeitosamente com o presidente deputado Rodrigo Maia, expondo as nossas razões. E, na minha avaliação, isso pode tramitar em conjunto [sobre reforma da previdência]. Não haveria maiores problemas, mas nós vamos conversar. Estamos abertos ao diálogo evidentemente e as decisões relativas ao Congresso pertencem ao Congresso", disse.

Questionado sobre se a criação do grupo de trabalho atrapalha o projeto, Moro disse "que o desejo do governo é que isso [projeto] fosse desde logo encaminhado às comissões".

"Olha, o desejo do governo é que isso fosse desde logo encaminhado às comissões para debate, mas isso vai ser conversado respeitosamente com o deputado Rodrigo Maia", afirmou Moro.

Em outra entrevista concedida nesta quarta, Rodrigo Maia disse que Sérgio Moro "não é deputado" ao ser questionado sobre as declarações do ministro da Justiça.

"O Moro está desrespeitando um acordo meu com o governo. O nosso acordo é priorizar a Previdência, né? Eu espero que ele entenda que hoje ele é ministro de Estado, ele está abaixo do presidente. Eu já disse a ele que esse projeto vai ser posterior à previdência, é só isso", disse o deputado do Rio de Janeiro.

No início de fevereiro, na mesma semana em que o projeto de Moro foi apresentado ao Congresso, Rodrigo Maia afirmou que o pacote anticrime tramitaria paralelamente à Reforma da Previdência.

"Vai tramitar [projeto anticrime] em paralelo pra ele não ficar parado. Tem que tramitar, Não pode tramitar junto, são temas distintos. Mas ele vai tramitar na velocidade que atende aos interesses da sociedade em ter uma lei que endureça a pena contra o crime organizado no Brasil. É um projeto que vem em um bom momento, é importante o governo federal avance e modernize a legislação e contra a corrupção e o crime organizado. Nós vamos tramitar sem nenhum obstáculo", disse.

Frente da Segurança Pública

 

De acordo com o deputado Capitão Augusto (PR-SP), coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, a intenção é terminar o relatório do Grupo de Trabalho em até três semanas, em vez dos 90 dias previstos.

"Durante a solenidade aqui eu recebi uma mensagem do presidente da Casa, Rodrigo Maia, ele acabou de me nomear relator dessa comissão especial de estudo, então é algo que depende agora de mim, para estar apresentando de uma forma muito célere e não utilizar os 90 dias. Minha intenção, até falei para o ministro Sergio Moro, pode ter certeza que eu vou me debruçar sobre esse pacote que eu quero apresentar em três semanas esse relatório, e não em 90 dias", explicou.



Fonte: Gustavo Garcia, G1 — Brasília


Reforma da previdência dos militares prevê economia líquida de R$ 10,45 bilhões em dez anos

Valor da economia líquida é a diferença do que será poupado com a reforma, no valor de R$ 97,3 bilhões, e o custo da reestruturação de carreiras, de R$ 86,65 bi.

Por: Visão do Araripe


O governo federal informou nesta quarta-feira (20) que, juntamente com a proposta de reforma do regime de aposentadoria dos militares, também está propondo uma reestruturação das carreiras do setor.

Por um lado, a proposta de reforma do regime de aposentadoria, segundo estimativas da área econômica, vai economizar R$ 97,3 bilhões em 10 anos. Mas, por outro, a reestruturação de carreiras, que vai na direção oposta (de aumentar gastos) custará R$ 86,65 bilhões.

Conheça a proposta apresentada pelo governo federal ao Congresso

Com isso, a economia "líquida" com as mudanças propostas para os militares será de R$ 10,45 bilhões no período de 10 anos, informou o Ministério da Economia. Em 20 anos, a economia estimada é de R$ 33,65 bilhões, informou o governo.

O processo de reestruturação de carreiras dos militares prevê mudanças no chamado "adicional de habilitação", que é uma parcela remuneratória mensal devida aos militares por conta de cursos realizados com aproveitamento; e no "adicional de disponibilidade" (por conta de disponibilidade permanente e dedicação exclusiva).

Também serão implementadas alterações na ajuda de custo de transferência de militares para a reserva (de quatro a oito vezes o valor do soldo, pago uma única vez).

Mudanças nas aposentadorias

A proposta de reforma do regime de aposentadoria dos militares aumenta o tempo de serviço na ativa e, também, a alíquota de contribuição da categoria.

Entre as mudanças que o governo propõe estão:

·    elevação da alíquota previdenciária de 7,5% para 8,5% em 2020, para 9,5% em 2021 e para 10,5% de 2022 em diante.
·      aumento do tempo para o militar passar para a reserva (de 30 para 35 anos na ativa);
·        taxação de 10,5% nas pensões recebidas por familiares de militares.

Rombo previdenciário

O regime de aposentadoria dos militares registrou saldo negativo de R$ 43,9 bilhões em 2018 (0,62% do Produto Interno Bruto).

No fim de 2017:

·        158.284 militares estavam na reserva;
·        223.072 eram pensionistas;
·        145.563 recebiam "pensões tronco".

No ano passado, o déficit do INSS, sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado, chegou a R$ 195,197 bilhões no ano passado, ou 2,76% do PIB, em 2018.

Em dezembro do ano passado, o INSS pagou 35 milhões de benefícios, abrangendo previdenciários (aposentadorias, pensões por morte, auxílio-doença e salário maternidade) e acidentários (auxilio-doença, auxilio por acidente).

No caso dos regimes próprios dos servidores públicos civis (Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público), o rombo somou R$ 46,4 bilhões em 2018, ou 0,66% do PIB. O número de segurados somou 1,428 milhão no fim de 2017, sendo 691.342 servidores ativos (48,4%), 436.535 aposentados (30,6%) e 300.937 pensionistas (21%).



Fonte:Alexandro Martello, G1 — Brasília


Bolsonaro entrega proposta de aposentadoria dos militares e pede 'celeridade' ao Congresso


Proposta será analisada primeiro por uma comissão especial e, depois, pelo plenário da Câmara. Ao discursar na entrega, presidente pediu aprovação 'no máximo' no meio do ano.

Por: Visão do Araripe

O presidente Jair Bolsonaro entregou nesta quarta-feira (20) ao Congresso Nacional a proposta de reforma da aposentadoria dos militares.

VEJA A APRESENTAÇÃO DO GOVERNO SOBRE O TEMA

Ao entrar no gabinete do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Bolsonaro fez um breve discurso no qual pediu "celeridade" na votação da proposta, mas "sem atropelo".

Conforme Rodrigo Maia, uma comissão especial formada por deputados será criada para analisar o projeto. O texto aprovado pela comissão será, então, enviado para votação no plenário.

"Humildemente faço um apelo a todos vocês. [...] Eu peço celeridade, sem atropelo, para que essas propostas, essa e a outra [reforma da Previdência], no máximo no meio do ano, cheguem a um ponto final e nós possamos sinalizar que o Brasil está mudando", afirmou o presidente.

Logo depois, Rodrigo Maia também fez um breve discurso e, ao se dirigir a Bolsonaro, afirmou: "Vamos tratar desses projetos com toda a celeridade e importância".

Bolsonaro estava acompanhado de integrantes do governo, entre os quais os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes(Economia) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa), além do secretário de Previdência, Rogério Marinho.

A proposta para os militares

A redação final do projeto foi aprovada na manhã desta quarta em uma reunião comandada por Bolsonaro no Palácio da Alvorada. O presidente passou os últimos três dias nos Estados Unidos.

Entre as mudanças previstas, o governo propõe:

·        elevação da alíquota previdenciária de 7,5% para 10,5%;
·     aumento do tempo para o militar passar para a reserva (de 30 para 35 anos na ativa);
·        taxação de 10,5% nas pensões recebidas por familiares de militares.

A apresentação do projeto sobre os militares era uma exigência de aliados de Bolsonaro para a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma da Previdência Social, enviada ao Congresso em fevereiro, ser analisada também.

De acordo com o governo, em razão das especificidades das carreiras militares, o projeto não foi entregue em conjunto com a PEC.

No início desta semana, ao fazer uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que o Ministério da Defesa terá "sensibilidade" para corrigir "possíveis equívocos" no texto.

Rombo do sistema previdenciário

De acordo com o governo federal, o sistema previdenciário brasileiro registrou déficit de R$ 290,2 bilhões no ano passado. Desse total:

·     R$ 195,197 bilhões corresponderam ao INSS (sistema público que atende aos trabalhadores do sistema privado;
·   R$ 46,4 bilhões corresponderam ao regime próprio de servidores civis;
·    R$ 43,9 bilhões corresponderam ao regime de aposentadoria dos militares;
·      R$ 4,8 bilhões corresponderam ao Fundo Constitucional do Distrito Federal.

No caso dos militares, no fim de 2017:

·        158.284 estavam na reserva;
·        223.072 eram pensionistas;
·        145.563 recebiam "pensões tronco".

Tecnicamente, os militares não contribuem para a Previdência, pois toda a contribuição é feita pela União. O militar na ativa ou na reserva, contudo, tem de pagar uma alíquota de 7,5% para custear pensões.

Discurso

Na fala durante a entrega do projeto, Bolsonaro citou a medida provisória 2215, editada no governo Fernando Henrique Cardoso e em vigor atualmente. A MP alterou a estrutura de remuneração dos militares das Forças Armadas.

Segundo o presidente, à época já foi feita uma reforma previdenciária dos militares por meio da MP. Ele, então, fez um "apelo" aos parlamentares para que, ao analisarem o novo projeto, levem em conta as perdas da categoria no passado.

"É uma medida provisória [a 2215] que fez uma reforma previdenciária nos militares das Forças Armadas”, disse.

"Se os senhores buscarem essa MP lá atrás e verem o que foi tirado dos militares, e somarem ao que chegou aqui agora no tocante a aumento tempo de serviço e contribuições, que certas parcelas nossas não contribuíam, vocês podem ter certeza que é uma reforma previdenciária muito mais profunda do que essa que chegou aqui do regime geral", acrescentou Bolsonaro.

O presidente reconheceu que era "suspeito" para falar do assunto, por ser capitão reformado do Exército, e reconheceu que teve comportamento “corporativista” na defesa dos interesses dos deputados durante as quase três décadas como deputado federal.

"Eu sei que eu sou suspeito ao falar, porque sou capitão do Exército. Tinha, sim, como o Paulo Guedes disse agora há pouco, um comportamento bastante corporativista aqui [na Câmara, como deputado]", disse.

Reestruturação da carreira

Pouco antes de Bolsonaro chegar ao Congresso, o vice-presidente Hamilton Mourão concedeu uma entrevista à GloboNews na qual disse que o grupo militar "entende muito bem o que é sacrifício".

Disse ainda que a categoria não quer "tratamento distinto", mas quer a reestruturação em razão de benefícios que não recebe como categorias civis.

"Obviamente que, como vamos dilatar o tempo de permanência no serviço ativo, é necessário reestruturar. Reestruturar significa nada mais nada menos que mudanças nos interstícios entre os diferentes postos de graduações com as devidas compensações. E óbvio que isso será discutido dentro do Congresso assim como a proposta de emenda constitucional que trata da nova Previdência", declarou.

Após a entrega da proposta ao Congresso, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, declarou que os militares têm "peculiaridades" na carreira limitar e por isso precisam da reestruturação.

"Depois de um debate e um trabalho muito profícuo e profundo com a equipe econômica, nós vamos contribuir para esse enorme esforço fiscal, como nós já contribuímos outras vezes", declarou.

Reforma 'essencial'

Também após a entrega do projeto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a aprovação do projeto de reforma da Previdência dizendo que o texto é "essencial" para o país retomar o crescimento econômico e recuperar a estabilidade fiscal.

Guedes disse ainda que a aprovação do projeto vai "evitar o colapso do regime previdenciário brasileiro." De acordo com ele, "estariam em risco todas as aposentadorias e até mesmo salários dos servidores, porque o estado estaria em ritmo acelerado rumo à insolvência."

"Por isso nós encaminhamos uma reforma com potência fiscal, acima de R$ 1 trilhão. E os militares, as forças armadas brasileiras, com o patriotismo de sempre, entenderam a importância em participarem dessa contribuição", disse.

Economia com reformas

De acordo com a equipe econômica do governo, se aprovada, a proposta sobre os militares pode gerar economia de R$ 92,3 bilhões aos cofres públicos em 10 anos.

Além disso, a reforma da Previdência pode gerar a seguinte economia:

·        trabalhadores do setor privado: R$ 687 bilhões;
·        trabalhadores do setor público: R$ 202,8 bilhões;
·        beneficiários do BPC e abono salarial: R$ 182,2 bilhões.

Segundo o governo, o objetivo é alcançar economia de cerca de R$ 1,1 trilhão aos cofres públicos.



Fonte:Alexandro Martello, Gustavo Garcia, Guilherme Mazui e Fernanda Vivas, G1 e TV Globo — Brasília