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Podemos juntar ao grupo de Governos da Ditadura Militar como: Castello Branco, Artur da Costa e Silva, Aurélio de Lira Tavares, Augusto Rademaker e Márcio Melo (Junta Governativa Provisória), Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo, os neo-ditadores (civis) como José Sarney, Luiz Inácio Lula da Silva e bem próximo da gente Eduardo Campos e mais uma leva de políticos seguidores dessa forma de governo que controlam os meios de comunicação, os sindicatos e proíbem as manifestações públicas.
Entre 1964 e 1985, o Brasil foi governado por uma forma de governo deste tipo, mas os métodos hoje são os mesmos, pois temos o direito de votar em quem quiser, só não podemos é externar nossa vontade. Você pode até dizer que é livre que o Brasil é um país de uma sociedade plural, que pode expressar seus sentimentos, suas idéias, seus desabafos (como estou fazendo agora), mas não é assim na prática principalmente para quem é funcionário público (efetivo), seja do estado, seja do município.
Trabalhamos constantemente monitorados e as ameaças elas são feitas em surdinas, como nos porões da ditadura. Não temos um órgão de repressão como dos anos de chumbo o DOI-CODI (Destacamento de Operações e Informações e Centro de Operações de Defesa Interna), mas temos os delatores, os fuxiqueiros e os que são pagos para perseguir e tornar nossas vidas e as nossas atividades profissionais mais difíceis apesar de sermos pagos para prestar serviços à população.
Os neo-coronéis ou coronéis eletrônicos comandam e dominam o povo através da mídia eletrônica e digital, conseguem as concessões dos meios de comunicação para transmitir as mensagens de acordo com os seus interesses, omitindo a verdade, mesmo que a mentira seja óbvia.
Essa semana todo esse sentimento expressado como prefácio foi para contar o que de fato aconteceu como prova de que estamos rumando para um tempo negro, se algo não for feito. Já sabemos que é difícil dialogar com o Governo Socialista do Estado, pois ele é quem define regra, conduta e não aceita ser ouvido nem desafiado por nenhuma categoria. Mesmo assim, o Governo Socialista Municipal tem seguido os mesmos ditames, sendo intransigente, prepotente e inflexível quando se fala ou se tenta uma aproximação para dialogar.
Bem, o fato que me levou a tratar do assunto em tela, me deixou bastante triste e estarrecido ao ver e ouvir "pessoas" que no dia-a-dia reclamam e sentem as dificuldades de não poder desempenhar suas ações, pois lhe faltam as condições necessárias para assumi-las com competência.
O representante sindical visitou logo pela manhã o nosso setor de trabalho (Endemias, Vigilância Sanitária e Epidemiológica) e perguntou se podia dar uma palavrinha com o servidor sobre negociações, ação judicial e outros informes importantes para nossa categoria.
Quando usava da palavra surgiram os "subordinados comissionados" (acredito que mais por medo de serem chamados atenção, por estarem permitindo tal reunião e aí todos sabem - puxão de orelha e um monte de ameaças) e começaram a agredir a Constituição do Brasil.
O representante sindical falou em tom alto que isso é prática constante em todas as secretarias municipais e que os "comandados" são pagos para praticarem essas atitudes insanas, repressivas e antidemocráticas, afinal, eles estão garantindo as suas gordas gratificações.
Tudo isso demonstra que ainda não sabemos e nunca saberemos lidar com a democracia, o pluralismo, a liberdade e as manifestações legais. Governo de perseguidos (a exemplo de Miguel Arraes) virou governos de perseguidores e não adianta dizer que partido A ou B tem planos diferentes para o nosso país. Somos um país de pessoas escravizadas seja por criação de bolsas, de cotas e de outros programas que visam mesmo criar cabrestos para que sejamos todos os manipulados.
Cada um quer mostrar que fará diferente para quando chegar ao poder fazer utilizar das mesmas manobras para controlar a tudo e a todos. Os que devem exigir e cobrar, como os meios de comunicação, os vereadores, as pessoas influentes, são pagos para ficarem calados. O exemplo claro é o aumento do IPTU (mesma política introduzida pelo PT comandado por Fernando Haddad e reclamadas por dirigentes do PSB), os poucos que bradam e que foram fiéis ao projeto UM NOVO TEMPO PARA ARARIPINA, ainda não surtem o efeito desejado porque a maioria aceita com passividade.
Enquanto isso Eduardo Campos (PSB) e Alexandre Arraes (PSB), brincam de ilha da fantasia com os nossos conterrâneos.
Eles são os remanescentes da ditadura que vivem ampliando o leque de métodos repressivos nos porões, mas que em público posam de democratas.
Escrito por Everaldo Paixão
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