De acordo
com a imprensa alemã, existe a possibilidade de Michael Schumacher permanecer
em estado vegetativo. Desde o acidente do heptacampeão de Fórmula 1 em 29 de
dezembro, o alemão está em coma induzido em um hospital de Grénoble (França),
correndo o risco de não despertar mais.
Segundo a
revista Focus, especialistas afirmam que o ex-piloto “pode ficar em coma para
sempre”. Já o jornal Bild afirmou que não há planos para despertá-lo diante da
gravidade do caso. As informações da segunda publicação não são oficiais, já
que os médicos que cuidam de Schumacher não divulgam boletins nos últimos dias.
De acordo com o jornal britânico Daily Mail, “o silêncio de seus agentes e da
equipe médica que o trata em Grénoble leva muitos a temer pelo pior”.
A
oxigenação cerebral é reduzida em estados de coma, mas os pacientes nestas
condições costumam ser despertados em até duas semanas. Schumacher, porém,
ainda não se recuperou o suficiente para acordar do coma, levando à especulação
– entre várias teorias – de que seu cérebro estaria gravemente comprometido.
“Pode ter
havido complicações”, disse o neurocirurgião Andreas Zieger, da Clínica
Universitária de Oldenburg (Alemanha), à revista Focus. “Não deveríamos
especular aqui. Estamos falando aqui de vida e morte. Um coma pode, em tese,
ser mantido por toda uma vida. Isso não danificaria o cérebro humano”,
completou.
Zieger
lembrou, entretanto, que o corpo de Schumacher está sujeito a vários danos
diante do acidente e da internação: estresse no fígado diante do uso de
anestésicos, atrofia muscular e aumento da pressão intracraniana, resultante da
falta de circulação de líquido cefalorraquidiano (LCR).
“Lesões
cerebrais estão entre as mais complicadas que podem acontecer ao corpo humano.
Previsões sobre o a duração do coma de uma pessoa ou de potenciais complicações
são geralmente pouco confiáveis”, completou.
O tom é
mais alarmista no depoimento de Gereon Fing, neurologista da cidade de Colônia
também citado pela imprensa alemã. Segundo Fink, a situação de Schumahcer pode
ser pior do que aparentava.
“Se as
lesões forem tão severas a ponto de atingir o paciente, ele é mantido em um
coma induzido”, lembrou Fink. “Dependendo da região do sangramento, a
hemorragia pode levar a uma paralisia unilateral, desordens de fala ou mudanças
de personalidade”, completou.
Fonte: Site Terra
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