País faria novas invasões no Paquistão se outro militante fosse achado, diz.
'Não podemos permitir que alguém planeje matar nosso povo', afirma.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou em entrevista à BBC neste domingo (22) que aprovaria novas invasões do Paquistão se os EUA encontrarem outro líder militante no território.
Os Estados Unidos disseram que soldados da força Seal mataram o líder da Al Qaeda Osama bin Laden em um ataque no Paquistão, em 2 de maio, afirmando que a caçada humana pelo militante mais procurado do mundo foi encerrada.
Perguntado se faria novamente o mesmo se os EUA descobrissem outro "alvo de alto valor" no Paquistão ou em outro país, como um membro importante da Al Qaeda ou o líder afegão do Talibã, mulá Omar, o presidente norte-americano afirmou que "aproveitaria a oportunidade".
"Respeitamos muito a soberania do Paquistão, mas não podemos permitir que esses tipos de planos dêem frutos sem que tomemos alguma ação", disse Obama na entrevista.
"Eu não fiz segredo. Eu disse isso quando estava disputando a presidência, eu disse que se tivéssemos uma oportunidade clara de pegar bin Laden, nós aproveitaríamos."
Resposta do PaquistãoUm porta-voz do presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, Farhatullah Babar, disse em resposta aos comentários de Obama: "Precisamos abandonar as ações unilaterais para nos focar em cooperação no combate ao terrorismo." Ele evitou fazer mais comentários sobre o assunto.
Os comentários de Obama ecoaram os feitos pelo senador democrata John Kerry, que preside a Comissão de Relações Internacionais do Senado norte-americano.
Perguntado este mês se os EUA conduziriam um ataque similar no Paquistão para matar Omar se o governo soubesse seu paradeiro, o senador afirmou que Washington consideraria todas as opções.
Autoridades dos Estados Unidos sustentam há tempos que Omar fugiu para o Paquistão depois que o governo Talibã no Afeganistão foi derrubado pelas forças norte-americanas no final de 2001. Islamabad tem negado que Omar esteja no Paquistão.
Obama chega à Inglaterra na terça-feira, em uma viagem de três dias que marca a primeira visita de Estado feita por um presidente dos EUA ao país desde 2003.
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