Mano pede menos cobrança e mais carinho a Ronaldo na despedida

Técnico da Seleção Brasileira afirma que não irá exigir muito do Fenômeno no amistoso do próximo dia 7 de junho, contra a Romênia, no Pacaembu.

Eterno Fenômeno - Ronaldo Nazário de Lima

Está chegando a hora da despedida de Ronaldo da Seleção Brasileira. No próximo dia 7 de junho, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, o maior artilheiro da história das Copas do Mundo entrará em campo por alguns minutos, no amistoso contra a Romênia. E segundo o técnico Mano Menezes, com quem o Fenômeno também trabalho no Corinthians, a exigência sobre o craque será mínima. Ou zero.

Quando questionado sobre a condição física do ex-atacante e sua preparação para o amistoso do próximo dia 7, o treinador da Seleção Brasileira pediu compreensão à condição de Ronaldo. Especialmente porque no final de sua carreira, encerrada oficialmente em 14 de fevereiro, o atacante se entregou na luta contra a balança.

- Não vou pedir nenhum tipo de cuidado especial para ele. O Ronaldo tem clara noção do que significa esse jogo para ele. Não vamos conseguir fazer nesse período o que tínhamos dificuldades para fazer antes. Temos que ter compreensão. Agora não é hora de exigência, é hora de carinho na convivência com ele em suas últimas horas como jogador da Seleção Brasileira – declarou Mano Menezes.

Até por conta da condição física, a participação de Ronaldo no amistoso contra a Romênia será mínima. Apenas alguns minutos durante a etapa inicial.

- O Ronaldo não vai iniciar jogando. Ele vai entrar no transcorrer do primeiro tempo, vai jogar alguns minutos e vai ter, no intervalo, o ápice de sua festa. No segundo tempo, nós já vamos retornar sem ele e retomar o nosso enfrentamento, que, como todos fazem questão de lembrar, temos de vencer – falou o técnico.

Comandante de Ronaldo em seus dois últimos títulos da carreira (o Paulistão e a Copa do Brasil de 2009), Mano Menezes considera-se um privilegiado por ter acompanhado a reta final do Fenômeno. E também por ter a condição de ser o treinador da Seleção Brasileira em sua despedida. Mas ele não imaginava.

- Sinceramente, eu não imaginava trabalhar com o Ronaldo. A grandiosidade do futebol, em determinado momento, nos deixa distante de determinados jogadores. Mas o futebol também é rápido o suficiente para nos proporcionar essas chances. Vai ser um prazer muito grande participar dessa despedida – finalizou Mano.

Pela Seleção Brasileira, Ronaldo participou de quatro Copas do Mundo (1994, 1998, 2002 e 2006). Campeão duas vezes, em 94 como reserva e em 2002 como titular, o Fenômeno se tornou o maior artilheiro da história da competição com 15 gols.

Mano Menezes durante a coletiva após a convocação para os amistosos (Foto: Mowa Press)