Em rede nacional, Bolsonaro critica governadores: 'Por que fechar escolas?'
Por: Visão do Araripe
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar as medidas de prevenção do novo coronavírus (COVID-19) adotadas por prefeitos e governadores em pronunciamento em rede nacional nesta terça-feira (24).
"Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de 'terra arrasada', com proibição do transporte, fechamento do comércio e confinamento em massa. O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o de pessoas com mais de 60 anos. Então, por que fechar escolas?", questionou.
As novas críticas vêm na véspera de uma reunião de Bolsonaro com governadores da região Sudeste, entre eles o paulista João Doria (PSDB) e o fluminense Wilson Witzel (PSC), dois dos que determinaram amplas medidas de restrição de circulação. Doria e Witzel, de um lado, e Bolsonaro, de outro, têm trocado críticas publicamente nos últimos dias.
O número de infecções pelo novo coronavírus no Brasil ultrapassou 2 mil nesta terça. No total, o vírus vitimou 46 pessoas — uma delas, de um paulistano de 33 anos. No mundo, são 16.362 mortes e 375.498 casos, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde)
'Gripezinha'
O presidente não anuciou nenhuma nova medida para conter o avanço da pandemia. Bolsonaro buscou mostrar que o governo federal vem se preparando para lidar com a doença desde o resgate dos brasileiros ilhados na quarentena de Wuhan, na China, e elogiou a atuação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM).
"O vírus chegou e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar, os empregos devem ser mantidos e o sustento das famílias deve ser preservado. Devemos voltar à normalidade", minimizou o presidente.
Apesar de dizer que o vírus "brevemente passará", na semana passada, a previsão do próprio ministro Mandetta era de que a fase mais aguda da epidemia do novo coronavírus vai durar ao menos até julho.
Bolsonaro novamente tratou a COVID-19 como "gripezinha" e "resfriadinho". Ele ainda disse que, caso fosse infectado, por seu histórico de atleta, "não precisaria se preocupar".
O presidente também culpou a imprensa por uma "sensação de pavor" e de causar uma "grande histeria no país". Ele citou os estudos sobre a eficácia da cloroquina no tratamento da nova doença. "Acredito em Deus, que capacitará cientistas e pesquisadores do Brasil e do mundo na cura dessa doença", disse.
Fonte: CNN, em São Paulo
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