Negócios foram paralisados às 10h22, quando o Ibovespa caía 11,65%.
Por: Visão do Araripe
O principal índice da bolsa
de valores brasileira, a B3, iniciou o dia em leilão e cai já
despenca desta quinta-feira (12), acompanhando os mercados externos, onde as
bolsas despencam. O catalisador para a queda é a decisão do presidente
norte-americano Donald Trump, anunciada na noite de quarta, de proibir viagens
da Europa para os Estados Unidos por 30 dias.
Às
10h22, quando o Ibovespa caía 11,65%, a 75.247 pontos, os negócios foram
paralisados, com o acionamento do chamado "circuit breaker" – sistema
que interrompe os negócios automaticamente quando a queda supera 10%. É a
terceira paralisação dos negócios na semana – e a primeira vez que isso
acontece.
O dólar, por sua vez, chegou a passar de
R$ 5 na abertura, mas a disparada perdeu força após a atuação do
Banco Central.
Impactos do coronavírus
A medida de Trump assusta os mercados, que seguem de olho nos
impactos do coronavírus na atividade econômica mundial. Também na terça, a
Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o surto como uma pandemia –
logo depois, a bolsa brasileira caiu mais de 10%, e teve seus negócios
paralisados. O Ibovespa encerrou a terça em baixa de 7,64%, 85.171 pontos.
"Os mercados globais estão abrindo
novamente em estado de pânico. Estamos vivendo a tempestade perfeita, o 'Black
Swan' clássico", destacou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimento, em
email a clientes, segundo a Reuters.
Exterior
· Lá fora, as bolsas afundam. Na Ásia, a bolsa de
Tóquio fechou em baixa de 4,41%, enquanto a de Xangai caiu 1,52%.
·
Já os preços do petróleo têm mais um dia de
queda acentuada, recuando cerca de 6% pela manhã.
· Na Europa, as bolsas operam em queda de mais de
6%, acumulando perdas de quase 30% em um mês.
Cenário
doméstico
Pesa também no mercado de câmbio nesta quinta a derrota sofrida pelo
governo no final da tarde de quarta-feira, após o Congresso Nacional derrubar o
veto presidencial a projeto que amplia o acesso ao Benefício de Prestação
Continuada (BPC), com impacto
estimado em cerca de R$ 20 bilhões já no primeiro ano.
Em
razão do impacto orçamentário da medida, o mercado enfrenta agora outro vetor
de risco, do lado fiscal brasileiro, o que aumenta as incertezas sobre as relações
entre Executivo e Legislativo, e sobre o ritmo de recuperação da economia
brasileira.
Fonte: G1
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