quinta-feira, 12 de março de 2020

Bovespa desaba e volta a ter negócios paralisados



Negócios foram paralisados às 10h22, quando o Ibovespa caía 11,65%.

  

Por: Visão do Araripe

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, iniciou o dia em leilão e cai já despenca desta quinta-feira (12), acompanhando os mercados externos, onde as bolsas despencam. O catalisador para a queda é a decisão do presidente norte-americano Donald Trump, anunciada na noite de quarta, de proibir viagens da Europa para os Estados Unidos por 30 dias.

Às 10h22, quando o Ibovespa caía 11,65%, a 75.247 pontos, os negócios foram paralisados, com o acionamento do chamado "circuit breaker" – sistema que interrompe os negócios automaticamente quando a queda supera 10%. É a terceira paralisação dos negócios na semana – e a primeira vez que isso acontece. 

O dólar, por sua vez, chegou a passar de R$ 5 na abertura, mas a disparada perdeu força após a atuação do Banco Central.

Impactos do coronavírus

 

A medida de Trump assusta os mercados, que seguem de olho nos impactos do coronavírus na atividade econômica mundial. Também na terça, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o surto como uma pandemia – logo depois, a bolsa brasileira caiu mais de 10%, e teve seus negócios paralisados. O Ibovespa encerrou a terça em baixa de 7,64%, 85.171 pontos.

"Os mercados globais estão abrindo novamente em estado de pânico. Estamos vivendo a tempestade perfeita, o 'Black Swan' clássico", destacou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimento, em email a clientes, segundo a Reuters.

Exterior

 

·       Lá fora, as bolsas afundam. Na Ásia, a bolsa de Tóquio fechou em baixa de 4,41%, enquanto a de Xangai caiu 1,52%.
·         Já os preços do petróleo têm mais um dia de queda acentuada, recuando cerca de 6% pela manhã.
·   Na Europa, as bolsas operam em queda de mais de 6%, acumulando perdas de quase 30% em um mês.



Cenário doméstico

 

Pesa também no mercado de câmbio nesta quinta a derrota sofrida pelo governo no final da tarde de quarta-feira, após o Congresso Nacional derrubar o veto presidencial a projeto que amplia o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), com impacto estimado em cerca de R$ 20 bilhões já no primeiro ano.

Em razão do impacto orçamentário da medida, o mercado enfrenta agora outro vetor de risco, do lado fiscal brasileiro, o que aumenta as incertezas sobre as relações entre Executivo e Legislativo, e sobre o ritmo de recuperação da economia brasileira.



  


Fonte: G1


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