Bolsonaro pediu que não seja liberada a íntegra do vídeo da reunião ministerial
Foto: Reprodução/YouTube Jair Bolsonaro
Por: Visão do Araripe
Na véspera da data-limite da decisão sobre a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu mais uma vez que a íntegra da gravação do evento não venha a público. A decisão caberá ao ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), responsável pela investigação da suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.
"Eu só peço: não divulgue a fita toda. Tem questões reservadas, tem particularidades ali de interesse nacional. O resto, o que eu falei... Tem dois pedacinhos de 15 segundos que é questão de política externa que não pode divulgar. O resto, divulga. E tem bastante palavrão, tá", disse Bolsonaro nesta quinta-feira (21), durante live nas redes sociais. "Se o ministro resolver divulgar, vou cumprir a decisão judicial."
Bolsonaro voltou a negar que tenha cobrado mudanças na PF durante a reunião, contrariando a versão dada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro quando pediu demissão do cargo, no fim de abril.
As acusações de Moro sobre interferências de Bolsonaro na Polícia Federal, principalmente na superintendência do Rio de Janeiro e na direção-geral da corporação, são alvo da investigação autorizada pelo STF.
Celso de Mello recebeu o vídeo da reunião na segunda-feira (18). Naquele dia, o STF comunicou que o ministro decidiria sobre a divulgação da gravação -- parcial ou total -- até sexta-feira (22).
Na semana passada, Bolsonaro afirmou que quem espera que o vídeo seja um "xeque-mate", vai "cair do cavalo".
A defesa de Moro defende a divulgação do conteúdo na íntegra. Segundo o próprio ex-ministro, não há assunto pertinente a segredo de Estado ou que possa gerar incidente diplomático, muito menos colocar em risco a segurança nacional, como alega Bolsonaro.
Fonte: CNN em São Paulo
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