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Fonte: Tecmundo.com.br |
O mundo da tecnologia foi sacudido na noite de ontem (19), por uma transação bilionária:
O Facebook anunciou a compra do Whatsapp por nada menos que US$ 19 bilhões. Desse valor, US$ 4 bilhões serão pagos em dinheiro, US$ 12 bilhões em ações do Facebook e outros US$ 3 bilhões em ações restritas que serão divididos entre os funcionários do Whatsapp ao longo dos próximos 4 anos.
Os valores são altos até mesmo para a indústria tecnológica, acostumada a vultuosas quantias. As compras da Motorola pela Lenovo e da Nokia pela Microsoft, juntas, somam US$ 10,09 bilhões. A Marvel foi vendida à Disney por US$ 4 bilhões. Em um cenário hipotético, caso o Facebook quisesse bancar todos os custos da Copa do Mundo no Brasil - orçada até o presente momento em R$ 33 bilhões (o equivalente a US$ 13,8 bilhões) - poderia fazer isso tranquilamente e ainda sobraria pelo menos outros US$ 5 bilhões.
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Crescimento do Whatsapp é mais rápido do que o do Facebook (Imagem reprodução Facebook) |
Por que comprar o Whatsapp?
O Facebook é hoje a rede social mais popular do planeta com mais de 1 bilhão de usuários. Perto desse número o Whatsapp não faz feio: são 450 milhões de usuários ativos - o que representa cerca de 37% do tamanho da audiência da rede social.
Mais do que isso, o Whatsapp se faz presente em praticamente todos os sistemas operacionais: Android, iOS, Windows Phone, Blackberry, Symbian e na linha Asha, da Nokia.
Segundo informações do site Business Insider, 41% dos usuários de Android, sistema operacional que responde por 82% do mercado de smartphones, contam com o Whatsapp ativo em seus aparelhos.
Por outro lado a ferramenta Messenger do Facebook, embora popular, está longe de alcançar tamanho sucesso. Levando-se apenas o Android em consideração, apenas 16% dos usuários contam com o Messenger instalado e utilizam o app com frequência. Em outras palavras: se alguma ferramenta poderia ameaçar o domínio absoluto do Facebook no que diz respeito a ferramentas de comunicação, essa empresa não era a Google ou a Microsoft, mas sim o mensageiro Whatsapp.
O que muda para o consumidor?
Tão logo o anúncio da compra foi divulgado nos sites de tecnologia, muitos usuários se questionaram sobre os rumos que os serviços Messenger e Whatsapp devem tomar. Inclusão de publicidades e uma possível integração entre os dois mensageiros estão entre os maiores temores e expectativas dos consumidores.
Entretanto, de acordo com declarações de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, e Brian Acton, cofundador do Whatsapp, em princípio absolutamente nada deve mudar. "O Whatsapp vai continuar a operar de forma independente. A estratégia do produto permanece inalterada e toda a equipe da ferramenta vai continuar em Mountain View", destacou Zuckerberg.
"Aqui está a lista das coisas que vão mudar para os nossos usuários após a compra por parte do Facebook: nada", informou Acton em nota oficial publicada no blog do Whatsapp. "Vocês poderão continuar usando o Whatsapp pelo valor US$ 1 por ano - como já acontece - e todas as demais ferramentas permanecem inalteradas, completou.
Se analisarmos o que aconteceu após a compra do Instagram - que completa dois anos no mês de abril - é possível imaginar que as palavras dos líderes das duas empresas sejam mesmo verdadeiras. De lá para cá, o Instagram ganhou melhorias, como o recurso de postagem de vídeos, e foi disponibilizado também para Windows Phone. Seu funcionamento, como foi prometido, permaneceu independente da rede social.
Em 2011, o Whatsapp valia US$ 8 milhões
O Whatsapp foi criado em 2009 pelo norte-americano Brian Acton e pelo ucraniano Jan Koum, que atualmente ocupa o cargo de CEO da companhia. Ambos eram funcionários do Yahoo! e acabaram deixando a companhia para cuidar dos seus próprios projetos.
A ideia do aplicativo surgiu quando a academia que Jan Koum frequentava decidiu proibir o uso de celulares. Ele ficou incomodado com as ligações perdidas enquanto estava praticando esportes, e, como engenheiro, decidiu encontrar uma solução para o problema.
Curiosidades à parte o fato é que juntos ambos criaram uma empresa sozinhos e que em 2011 valia pouco mais de US$ 8 milhões. Ao chegarem a marca dos US$ 19 bilhões é bem provável que eles tenham batido um novo recorde: O Whatsapp é possivelmente a start up que teve a valorização mais rápida da história do Vale do Silício.
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Brian Acton e Jan Koum (Imagem: El País) |
Fonte: Tecmundo.com.br