Na Arena Suzano, ginásio localizado próximo à
escola em que aconteceu o crime, o clima é de tristeza e desolação entre familiares
e amigos
Por: Visão do Araripe
Centenas de pessoas
compareceram, na manhã desta quinta-feira (14), ao velório coletivo de seis dos
dez mortos no massacre da escola
estadual Professor Raul Brasil,
em Suzano, na região metropolitana de São Paulo.
As
vítimas do crime cometido por dois jovens – Guilherme Taucci Monteiro, 17, e
Luiz Henrique de Castro, 25 – eram cinco alunos, duas funcionárias e um comerciante,
além dos próprios autores do massacre.
Na
Arena Suzano, ginásio localizado próximo à escola, o clima é de tristeza e
desolação entre familiares e amigos das vítimas.
Os corpos de Eliane e Marilena, que trabalhavam na escola, e de outros quatro
alunos foram velados lado a lado, em fileiras, em espaços divididos por
cadeiras para os familiares. O enterro ocorrerá às 17 horas.
Com
a cidade em luto oficial de três dias, muitos alunos do colégio e outras
instituições foram ao velório.“Foi muito triste. Horrível. A apreensão até
receber a notícia foi muito dolorosa”, disse Isabela, 16, amiga de Caio, um dos
alunos mortos no massacre.
“Eu
não estudei com eles, mas sofro junto também. Não consigo acreditar até agora”,
disse Mayara, também amiga de Caio. Ela acompanhava Isabela no local.
Amigos e familiares
Professor de Claiton em um
cursinho para alunos de escolas estaduais e estudante de Direito, Carlos Lima,
20, afirma que fez questão de comparecer ao velório. "Além de ser um ótimo
aluno, ele nos ajudava muito. Era muito proativo e extremamente tímido”, lembra
Carlos, que guarda boas lembranças do garoto: ”Ele demonstrava muito amor pelo
que fazia, e era muito esforçado”.
Uma
mulher presente ao velório, que preferiu não se identificar, conhecia Eliane,
Marilena e os dois atiradores. Consternada, ela afirmou que não entende como
"um garoto tão calmo, tranquilo, comportado poderia ter feito isso. Na
noite anterior, ele estava jogando truco com alguns amigos. Não dá pra
entender”. "Falei com o avô dele há alguns dias, e ele comentava comigo
que o neto não dava trabalho nenhum, que passava muito tempo no computador”,
disse a senhora.
O
movimento das pessoas que não são das famílias é grande. Elas ficam isoladas
por uma grade que as separa dos familiares, que são os únicos próximos aos
corpos.
Fonte: Guilherme
Padin, do R7, em Suzano (SP)
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