quinta-feira, 14 de março de 2019

Centenas se reúnem para velório de vítimas de atiradores em Suzano


Na Arena Suzano, ginásio localizado próximo à escola em que aconteceu o crime, o clima é de tristeza e desolação entre familiares e amigos

Por: Visão do Araripe

Centenas de pessoas compareceram, na manhã desta quinta-feira (14), ao velório coletivo de seis dos dez mortos no massacre da escola estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na região metropolitana de São Paulo.
As vítimas do crime cometido por dois jovens – Guilherme Taucci Monteiro, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25 – eram cinco alunos, duas funcionárias e um comerciante, além dos próprios autores do massacre.
Na Arena Suzano, ginásio localizado próximo à escola, o clima é de tristeza e desolação entre familiares e amigos das vítimas.

Os corpos de Eliane e Marilena, que trabalhavam na escola, e de outros quatro alunos foram velados lado a lado, em fileiras, em espaços divididos por cadeiras para os familiares. O enterro ocorrerá às 17 horas.

Com a cidade em luto oficial de três dias, muitos alunos do colégio e outras instituições foram ao velório.“Foi muito triste. Horrível. A apreensão até receber a notícia foi muito dolorosa”, disse Isabela, 16, amiga de Caio, um dos alunos mortos no massacre.

“Eu não estudei com eles, mas sofro junto também. Não consigo acreditar até agora”, disse Mayara, também amiga de Caio. Ela acompanhava Isabela no local.

Amigos e familiares



Professor de Claiton em um cursinho para alunos de escolas estaduais e estudante de Direito, Carlos Lima, 20, afirma que fez questão de comparecer ao velório. "Além de ser um ótimo aluno, ele nos ajudava muito. Era muito proativo e extremamente tímido”, lembra Carlos, que guarda boas lembranças do garoto: ”Ele demonstrava muito amor pelo que fazia, e era muito esforçado”.

Uma mulher presente ao velório, que preferiu não se identificar, conhecia Eliane, Marilena e os dois atiradores. Consternada, ela afirmou que não entende como "um garoto tão calmo, tranquilo, comportado poderia ter feito isso. Na noite anterior, ele estava jogando truco com alguns amigos. Não dá pra entender”. "Falei com o avô dele há alguns dias, e ele comentava comigo que o neto não dava trabalho nenhum, que passava muito tempo no computador”, disse a senhora.

O movimento das pessoas que não são das famílias é grande. Elas ficam isoladas por uma grade que as separa dos familiares, que são os únicos próximos aos corpos.

Fonte: Guilherme Padin, do R7, em Suzano (SP)

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