O secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, descartou as especulações de que o Estado venha passando por dificuldades financeiras em função do alto nível de endividamento. Segundo ele, os R$ 8,3 bilhões questionados pela oposição referem-se ao montante total da dívida consolidada líquida estadual. "Isso não é dívida de um ano não, é de três décadas. É pouco", disse o secretário à um jornal de circulação estadual.
Segundo Padilha, "o endividamento de qualquer Estado é acompanhado pelo Governo Federal e Pernambuco tem um dos menores do País. Compromete 8,9% da sua receita corrente líquida (RCL) com o estoque da divida", explicou. De acordo com ele, o endividamento chega a 49% da receita corrente liquida estadual, estando situado bem abaixo dos 200% permitidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Padilha traçou, ainda, um comparativo com outros estados para exemplificar o nível de endividamento relativamente baixo. Segundo o secretário, São Paulo registra um nível de endividamento da ordem de 130% da RCL. No Rio Grande do Sul este índice seria de 204,7%.
"Pernambuco tem que fazer muito mais operações de crédito, porque um banco como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem juros subsidiados. As operações de crédito que fazemos com esses bancos multilaterais são muito boas, e nós temos que fazer mais", disse. Padilha ressaltou que Pernambuco aguarda apenas a sinalização do Governo Federal para conseguir a liberação de R$ 1,6 bilhão do Banco Interamenricano de Desenvolvimento (BID). A expectativa é que estes recursos sejam liberados no início da gestão do governador eleito Paulo Câmara (PSB), em 2015.
Fonte: Brasil 247
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