Bruno
Escolastico/Futura Press/Folhapress - 08.01.2019
Desemprego atinge 12,7 milhões de brasileiros, diz
IBGE
Após duas quedas consecutivas, a taxa de desocupação voltou a
subir e ficou em 12% no trimestre móvel fechado em janeiro
Por: Visão do Araripe
O
numero de brasileiros desempregados aumentou no Brasil e agora afeta 12,7
milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro de 2019, de acordo com
dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua),
divulgados nesta quarta-feira (27), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
O
resultado avalia o trimestre de outubro do ano passado a janeiro deste ano.
Após duas quedas consecutivas, a taxa de desocupação voltou a subir e ficou em
12% no trimestre móvel.
Com
o aumento, 318 mil pessoas entraram na população desocupada, totalizando 12,7
milhões de trabalhadores nessa condição.
“Com
a entrada do mês de janeiro, houve um aumento da taxa de desocupação. É algo
sazonal, é comum a taxa aumentar nessa época do ano por causa da diminuição da
ocupação”, garante Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Azeredo
destaca, porém, que este trimestre fechado em janeiro foi menos favorável que
os mesmos períodos de 2018 e 2017. “Ano passado, houve estabilidade na
população ocupada e na desocupada, enquanto, neste ano, cresceu o número de
desocupados”, diz.
A
categoria dos trabalhadores por conta própria cresceu 1,2% em comparação ao
trimestre anterior (23,9 milhões de pessoas), o que representa 291 mil pessoas
a mais neste grupo.
O
número de empregados do setor privado sem carteira assinada caiu: 321 mil
pessoas a menos, de um total de 11,3 milhões. Os trabalhadores do setor
público caíram 1,8% e totalizaram 11,5 milhões no trimestre encerrado em
janeiro.
Os
empregados do setor privado com carteira assinada, por sua vez, permaneceram
estáveis (32,9 milhões), assim como os trabalhadores domésticos (6,2 milhões).
“Tivemos
queda no contingente de empregados do setor privado e no setor público. No
primeiro, isso atingiu, principalmente, os trabalhadores sem carteira assinada.
Apesar disso, a informalidade aumenta ainda mais, com influência do crescimento
dos trabalhadores por conta própria”, avalia Cimar.
Já
a população fora da força de trabalho soma 65,5 milhões no trimestre fechado em
janeiro. O número deste grupo aumentou em 403 mil pessoas.
Trabalhadores
ociosos
A
subutilização da força de trabalho, no entanto, ficou em 24,3% no período,
somando 27,5 milhões de pessoas nesse grupo.
O
grupo de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ficou em
6,8 milhões e na força de trabalho potencial, em 8 milhões. Os desalentados,
assim como as desalentadas, apresentaram estabilidade em relação ao trimestre
anterior e ficaram em 4,7 milhões.
Fonte: Juliana Moraes, do R7
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