Depois da crise, estratégia
do Planalto é diminuir estrago político do caso Bebianno
O
esforço no Palácio do Planalto a partir desta segunda-feira (18) é de mudar a
agenda da crise política provocada pelo caso envolvendo o ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, e colocar uma pauta
de governo em cena para ocupar o noticiário.
O governo foi
atropelado pela agenda negativa do caso Bebianno justamente no momento em que
tentava emplacar duas pautas prioritárias: a reforma da Previdência e
o pacote de combate à
corrupção e à criminalidade, do
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
Bebianno é centro da
primeira crise política do governo do presidente Jair Bolsonaro, gerada
pela suspeita de que o PSL, partido de Bolsonaro, fez uso de candidatura
"laranja" nas eleições de 2018 para desviar
verbas públicas.
Existe uma preocupação imediata em
tranquilizar aliados e dirigentes partidários que ficaram perplexos com a fritura explícita de
Bebianno por parte da família Bolsonaro.
O governo tenta construir uma base aliada sólida para aprovar a reforma da
Previdência.
“Se fosse hoje, a
reforma não seria aprovada. Todo mundo ficou assustado com o caso Bebianno.
Será preciso reiniciar a construção da base aliada. A sorte é que o texto da
Previdência só será votado no final de maio”, ressaltou um dirigente partidário
ao Blog.
Há o reconhecimento
interno, principalmente na ala militar do governo, de que essa crise foi
provocada pelo próprio núcleo familiar do presidente Jair Bolsonaro, quando o
filho Carlos Bolsonaro desmentiu a
informação de que Bebianno
tinha conversado com o pai.
A avaliação é que o
episódio acabou ofuscando até mesmo a reunião da semana passada em que foi
definido o formato da reforma da Previdência. O martelo foi batido pelo próprio
Bolsonaro na quinta-feira passada em plena crise.
Fonte:
Blog do Camarotti/G1
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