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terça-feira, 30 de abril de 2019

Venezuela tem confrontos e carros da polícia avançam sobre manifestantes em Caracas

 Oponentes ao governo de Nicolás Maduro entram em confronto com militares diante da base aérea 'La Carlota', em       Caracas — Foto: Fernando Llano/AP

Presidente autoproclamado, Juán Guaidó, convocou povo às ruas contra regime e anunciou apoio de militares. Governo de Maduro fala em tentativa de golpe, mas diz ter lealdade de militares.

Por: Visão do Araripe

As ruas de Caracas, capital da Venezuela, foram tomadas por confrontos nesta terça-feira (30) horas após o presidente autoproclamado do país, Juan Guaidó, ter convocado a população a se manifestar contra o regime de Nicolás Maduro. Guiadó anunciou o apoio de militares para derrubar o governo e deu início à fase final da chamada Operação Liberdade.

Já Maduro acusa os oposicionistas de tentativa de golpe. Ele postou mensagem na qual diz que militares demonstraram "total lealdade ao povo, à Constituição e à Pátria". Também convocou às ruas a população que o apoia. "Venceremos", escreveu o chavista em rede social.

Em Nova York, o embaixador venezuelano na Organização das Nações Unidas (ONU), Samuel Moncada, afirmou em pronunciamento: "O governo democrático derrotou uma nova tentativa de criar uma guerra civil na Venezuela. A maioria do povo quer a paz. O que foi demonstrado é que esse governo fantoche [de Guaidó], que pretende vir aqui para que os EUA o reconheçam, é um braço americano na Venezuela".

Ainda pela manhã, grupos de manifestantes tentaram entrar na principal base aérea do país, a Generalísimo Francisco de Miranda, conhecida como La Carlota. O local foi escolhido como ponto de apoio a Guaidó.

Manifestantes forçaram as grades, mas os militares responderam com disparos de bombas de gás. Carros blindados da polícia também avançavam sobre manifestantes.

Um dos veículos chegou a acelerar sobre a multidão, atropelando pessoas e provocando uma correria que derrubou mais gente perto da La Carlota. Logo após o carro avançar, uma chama foi vista sobre o veículo. Não era possível identificar, no entanto, de onde partiu o fogo.

Nas ruas, mais cedo, militares já haviam disparado bombas contra manifestantes. De acordo com a rede de TV estatal Telesur, policiais tentaram dispersar com gás lacrimogêneo aqueles considerados "golpistas".

A base La Carlota fica na região leste de Caracas, a cerca de 13 quilômetros do Palácio Miraflores, sede do governo. Em 2002, o local foi declarado zona de segurança militar. Os voos para lá estão proibidos desde 2014, de acordo com o jornal colombiano "El Mundo".

O presidente autoproclamado surpreendeu ao aparecer nas imediações de La Carlota em companhia de Leopoldo López, o líder da oposição que estava em prisão domiciliar, foi libertado e reapareceu em público pela primeira vez justamente nesta terça.

  Líder da oposição, Juan Guaidó, discursa para apoiadores em Caracas — Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Mais tarde, em rede social, Guaidó escreveu: "Venezuela: temos em nossas mãos o poder de alcançar o fim definitivo da usurpação. Estamos em um processo que é imparável. Temos o apoio firme de nossa gente e do mundo para alcançar o restabelecimento de nossa democracia. #TodaVenezuelaNaRua".

Já perto do Palácio Miraflores, uma multidão pró-Maduro faz uma manifestação.

Multidão de manifestantes pró-Maduro participa de protesto em defesa do presidente perto do Palácio Miraflores, em Caracas, a cerca de 10 km da base aérea 'La Carlota' — Foto: Matias Delacroix/AFP

A colunista de política internacional do G1 Sandra Cohen informou que o Sindicato Nacional de Trabajadores de la Prensa de Venezuela (SNTP) denuncia a censura prévia e o corte nas transmissões de duas emissoras de TV estrangeiras e uma nacional promovidos pelo regime de Maduro. Entre elas, está a CNN Internacional.

O que aconteceu até agora

 

·        Presidente autoproclamado Juan Guaidó convocou população às ruas e disse ter apoio de militares.

·   Presidente Nicolás Maduro afirmou ter conversado com todos os comandantes das chamadas Redi (Regiões de Defesa Integral) e Zodi (Zona de Defesa Integral), que, segundo ele, manifestaram "total lealdade ao povo, à Constituição e à pátria".

·        Líder da oposição Leopoldo López, que estava em prisão domiciliar após decisão sob o regime de Maduro, foi liberado e circulou pelas ruas ao lado de Guaidó.

·        Diosdado Cabello, que comanda a Assembleia Constituinte pró-Maduro, convocou apoiadores do governo a se dirigir para o Palácio presidencial de Miraflores.

·        Policiais dispararam bombas de gás contra manifestantes em Caracas. Segundo TV estatal, eles tentaram dispersar "golpistas".

·        O presidente Jair Bolsonaro reafirmou apoio a Guaidó e disse que o Brasil "acompanha com bastante atenção" a situação.

·        O vice-presidente Hamilton Mourão disse que crise chegou ao limite e que ou Guiadó será ou preso ou Maduro vai embora.

·        Já o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que oBrasil espera que militares venezuelanos apóiem a "transição democrática" no país vizinho.

·        25 militares venezuelanos, nenhum de alta patente, pediram asilo na embaixada brasileira em Caracas.

·        O presidente americano, Donald Trump, postou em rede social mensagem na qual diz acompanhar de perto a situação e que "os Estados Unidos apoiam o povo da Venezuela e a sua liberdade".

·        O embaixador venezuelano em Washington nomeado por Juan Guaidó, Carlos Vecchio, disse que os EUA não tiveram nenhum papel na coordenação do movimento desta terça.

·        Cuba, Bolívia e Rússia criticaram a ação de Guaidó.
                                             Foto: Matias Delacroix/AFP

 

Reação internacional

 

Brasil, Estados Unidos e Colômbia apoiaram o movimento contrário a Maduro. O presidente Jair Bolsonaro afirmou, por uma rede social, que o país "acompanha com bastante atenção" a situação e está "ao lado do povo da Venezuela, do presidente Juan Guaidó e da liberdade dos venezuelanos."

O secretário de estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou, também por meio de rede social, que o governo norte-americano "apoia plenamente o povo venezuelano em sua busca por liberdade e democracia". "A democracia não pode ser derrotada", diz o post.

Cuba, Bolívia e Rússia criticaram.

A chancelaria russa acusou a oposição venezuelana de usar métodos violentos de confronto e pediu para que a violência pare. Os problemas do país devem ser resolvidos por meio de negociações, sem condições prévias, segundo a agência Interfax.

          Nova etapa da Crise na Venezuela — Foto: Juliane Souza/G1

Crise na Venezuela

A tentativa de derrubar o regime de Nicolás Maduro é o mais recente capítulo na profunda crise política da Venezuela. Há mais de 15 anos, o país enfrenta uma crescente crise política, econômica e social.

A Venezuela vive um colapso econômico e humanitário, com inflação acima de 1.000.000% e milhares de venezuelanos fugindo para outras partes da América Latina e do mundo.

Neste mês, diversas interrupções no fornecimento de energia e água ameaçaram uma catástrofe sanitária.

A ONG norte-americana Human Rights Watch disse que a saúde do país está sob "emergência humanitária complexa".


Fonte: G1   

Desemprego sobe e atinge 13,4 milhões de brasileiros em março


                      Desemprego subiu para 12,7% - Nelson Antoine/Folhapress - 24.04.2019 

Taxa de desocupação subiu para 12,7%, frente 11,6% no trimestre anterior. Índice de subutilização da força de trabalho foi a maior desde 2012

Por: Visão do Araripe

O número de brasileiros desempregados subiu para 12,7%, com 13,4 milhões de pessoas em busca de trabalho no trimestre encerrado em março deste ano, segundo os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

No trimestre de outubro a dezembro do ano passado, o número de desempregados era de 12,2 milhões, com taxa de 11,6%. Já em comparação com o mesmo trimestre de 2018, a taxa era de 13,1%, atingindo 13,6 milhões de pessoas. 

População subutilizada

A taxa de subutilização da força de trabalho foi a maior desde 2012
População subutilizada e desalentada é a maior desde 2012 (25%). Isso significa que 28,3 milhões de brasileiros estão desocupados, subocupados com menos de 40 horas semanais de trabalho e os que estão disponíveis para trabalhar, mas não conseguem um emprego. 

A taxa era de 23,8% no trimestre anterior e 24,6% no mesmo período do ano anteiror. 

Mais de 1,5 milhão de pessoas passaram a ser subutilizadas, com alta de 5,6%, em comparação ao trimestre anterior — 28,3 milhões se encontram nesta situação. 

O contingente de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas foi de aproximadamente 6,8 milhões. 

População empregada

A pesquisa aponta que 873 mil pessoas saíram do mercado de trabalho no período. A população ocupada caiu 0,9% em relação ao trimestre anterior, com 91,9 milhões trabalhando.

O número de empregados no setor privado com carteira assinada foi de 32,9 milhões de pessoas, ficando estável em ambas as comparações.

Já o número de empregados sem carteira assinada — 11,1 milhões — caiu 3,2% em relação ao trimestre anterior (menos 365 mil pessoas) e subiu 4,4%, (mais 466 mil pessoas) comparado ao mesmo trimestre de 2018.

O rendimento médio ficou em R$ 2.291, estável em ambas comparações. 

Fonte: Giuliana Saringer – R7   


Grosseiro e medíocre, ministro da Educação fere Carta e Lei de Improbidade




Megalômano, grosseiro e medíocre

Por: Visão do Araripe

São alguns dos adjetivos que me ocorrem para qualificar o ministro da Educação, Abrahan Weintraub. Sua irrelevância como acadêmico lhe subiu a cabeça. E, como se nota e ele confessa, resolveu usar o cargo que ocupa para fazer a sua própria versão de uma "Escola com Partido".
Qual critério ele vai usar para cortar verbas das universidades federais? Ora, se elas promoverem ou não o que ele chama de "balbúrdia". E quem faz essa avaliação? Leiam o que informa o Estadão. Volto em seguida.

 O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo "balbúrdia" em seus campi, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao Estado. Três universidades já foram enquadradas nesses critérios e tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), disse. Segundo ele, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, está sob avaliação.

"Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas", disse o ministro.

De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.

Weintraub disse que o corte não afetará serviços como "bandejão". O MEC informou que o programa de assistência estudantil não sofrerá impacto, apesar desses recursos integrarem a verba discricionária.

A UNB disse que verificou no sistema bloqueio orçamentário "da ordem de 30%" e espera conseguir revertê-lo. A UFBA e a UFF não se pronunciaram.

Retomo

 É a cabeça de um fascistoide no comando daquele que deveria ser o ministério mais importante do governo. Não tenho nenhuma simpatia por boa parte das manifestações que alguns grupos de esquerda promovem nas universidades públicas. Mas recorrer ao orçamento para punir o conjunto da comunidade acadêmica porque grupos de que ele discorda se comportam de maneira que considera inadequada não é coisa de um ministro da Educação, mas de um tiranete que comanda um presídio ou um campo de trabalhos forçados.

Este senhor pretende se impor por intermédio da punição coletiva para que, então, o conjunto dos atingidos decida reprimir os que Weintraub considera rebeldes e resistentes à sua visão de mundo, à sua orientação política, à sua ideologia.

É um escândalo que ele deixe claro que está usando o dinheiro público para impor o que, de fato, é o seu próprio viés ideológico.

É evidente que o ministro não teve tempo de avaliar o desempenho acadêmico das universidades punidas. Tudo cheira a retaliação porque essas instituições abrigaram críticas e críticos à candidatura de Jair Bolsonaro.

A decisão anunciada fere o Artigo 207 da Constituição, que garante a autonomia universitária, a saber: "Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.".

E agride também o Artigo 11 da Lei de Improbidade Administrativa: "Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: I – praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência;".

A parcialidade está escancarada em sua fala. Não precisa mais ser demonstrada. Ele está fazendo um corte amparado na ausência de leis e está sendo desleal à Carta, que assegura a autonomia.

Ainda que se possa questionar se deve ou não haver pessoas peladas dentro da universidade — eu, por exemplo, penso que não —, indago se o conjunto dos estudantes deve arcar com o ônus porque meia-dúzia de exaltados resolveu tirar a roupa. A propósito: que prejuízo efetivo isso provoca ao ensino?

Bolsonaro está apenas no quarto mês de governo. E, a cada dia, resolve esticar um pouco a corda. Sei lá que diabo de horizonte escatológico tem pela frente, com a provável ambição de uma ruptura, que então lhe permitiria governar sem amarras. E, para tanto, conta com alguns truculentos medíocres, que fazem do ressentimento e da vingança do recalcado uma política de Estado.

Não há perigo de isso dar certo, é claro! Ocorre que o país piora um pouco até que venha a reversão e que passe esse aluvião de estupidez.

Cadê o Ministério Público Federal?



Texto: Reinaldo Azevedo   

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Carlos Bolsonaro empregou idosa que nega ter trabalhado para vereador



Gabinete diz que irmã de militar entregava mala direta na base eleitoral de filho do presidente no Rio

Por: Visão do Araripe

Nadir Barbosa Goes, de 70 anos, que vive na cidade de Magé, 50 km distante da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, figurava na lista de assessores do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), até janeiro. Como oficial de gabinete, recebia uma remuneração de R$ 4.271 mensais. A mulher, no entanto, disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que nunca trabalhou para o filho do presidente. “Fala com o vereador que eu não sei de nada”, disse ao final da ligação.

Carlos fez uma limpeza em seu gabinete na Câmara assim que o pai assumiu o Palácio do Planalto — de janeiro a fevereiro, exonerou nove funcionários. Nadir está entre eles. Ela é irmã do militar Edir Barbosa Goes, 71 anos, assessor atual de Carlos Bolsonaro. A esposa dele, Neula de Carvalho Goes, 66 anos, também foi exonerada pelo vereador logo após a posse do pai.

A carga horária prevista para assessores comissionados da Câmara Municipal do Rio é de seis horas diárias, que não precisam ser cumpridas no espaço físico da Casa. Esses funcionários não batem ponto e têm a frequência assinada pelo próprio vereador.

À reportagem o chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro, Jorge Luiz Fernandes, negou que Nadir recebesse salário sem prestar serviços. Ele disse que Nadir, Neula e outras duas funcionárias exoneradas por Carlos trabalhavam em um núcleo chefiado por Edir, o militar irmão de Nadir. Segundo o chefe de gabinete, esses funcionários entregavam mala direta para a base eleitoral do vereador em Campo Grande, na zona oeste do Rio, e anotavam as reivindicações dos eleitores, principalmente de militares.

Fonte: ISTO É   


terça-feira, 23 de abril de 2019

REFORMA DA PREVIDÊNCIA


Minoria diz ter 110 assinaturas para suspender votação; número é contestado

Por: Visão do Araripe

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da minoria, afirmou ter recolhido ao menos 110 assinaturas em um requerimento pedindo para suspender a tramitação da reforma da Previdência por 20 dias. Segundo os parlamentares contrários ao governo, o texto não pode ser votado se não contiver a previsão de seu impacto nas contas públicas.

Cerca de uma hora após a apresentação do requerimento, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou que não havia o número necessário de assinaturas.

A assessoria da deputada, porém, informou um número diferente: 113 assinaturas, das quais quatro teriam sido rejeitadas por serem repetidas e dez não teriam sido reconhecidas, restando 99 válidas. Os deputados cujas assinaturas não foram reconhecidas podem ir à secretaria geral da mesa para validar sua posição.

"Apenas comuniquei essa questão para que todos tenham conhecimento", disse Francischini. "Não houve nem o atingimento mínimo necessário para a propositura do requerimento." 

A oposição reagiu à afirmação e houve novo tumulto na sessão. "Isso aí chama golpe", afirmou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

Qual o argumento da oposição? 

Segundo Jandira Feghali, o artigo 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal determina que toda proposta legislativa deve conter o impacto financeiro explícito. O artigo 114, disse a parlamentar, determina que, quando isso não é respeitado, um quinto dos deputados (103, no total) podem sustar a tramitação da proposta.

Durante a sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, o vice-líder do PT, deputado José Guimarães (CE), afirmou que o presidente da comissão, Felipe Francischini (PSL-PR), deveria encerrar a sessão para que o requerimento fosse apreciado. 

Guimarães também fez o mesmo pedido ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estava no plenário da CCJ acompanhando o debate. Entretanto, os trabalhos prosseguiam com a votação de outros requerimentos para adiamento da votação da proposta.


Fonte: Antonio Timóteo e Luma Poletti - UOL   

Bolsonaro fala em colocar 'ponto final' na disputa entre filho e vice, mas Carlos volta a postar crítica a Mourão


    Fotos de internet 

Nesta terça, Carlos Bolsonaro se referiu ao vice como 'tal do Mourão' e 'queridinho da imprensa'. Mourão declarou que 'filho é filho' e que 'quando um não quer, dois não brigam'.

Por: Visão do Araripe

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta terça-feira (23) que o presidente Jair Bolsonaro quer "colocar um ponto final" na divergência entre o vice-presidente Hamilton Mourão e o filho Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro.

Nos últimos dois dias, Carlos publicou em uma rede social mensagens com críticas ao vice-presidente e a militares, gerando um desconforto ao governo. Nesta terça, por exemplo, Carlos Bolsonaro publicou pelo menos quatro mensagens com críticas veladas ou diretas a Mourão.

"Um outro tema que o senhor presidente gostaria de colocar um ponto final é essa discussão entre o senhor, essa pretensa discussão, entre o senhor vice-presidente e o vereador Carlos Bolsonaro que é filho do nosso presidente. [...] Quanto aos seus filhos, em particular ao Carlos, o presidente enfatiza que ele sempre estará ao seu lado. [...] E eu abro aspas para a frase 'é sangue do meu sangue'", disse Rêgo Barros.

"Em relação ao general Mourão, o presidente destacou que ele é o subcomandante do governo, ele topou o desafio das eleições, e terá a consideração e o apreço do senhor presidente”, complementou.

Minutos depois da declaração, porém, Carlos Bolsonaro voltou a publicar críticas diretas ao vice-presidente, referindo-se a ele como "tal de Mourão" e "queridinho da imprensa". Na mensagem, Carlos critica uma declaração dada por Mourão uma semana após o atentado sofrido por Bolsonaro durante a campanha do ano passado.

"Naquele fatídico dia em que meu pai foi esfaqueado por ex-integrante do PSOL e o tal de Mourão em uma de suas falas disse que aquilo tudo era vitimização. Enquanto um homem lutava pela vida e tentava impedir que o Brasil caísse nas garras do PT, queridinhos da imprensa opinavam", disse o filho do presidente.

Antes, o vereador carioca já havia criticado o vice-presidente por ter aceitado um convite para palestrar nos Estados Unidos em uma conferência promovida pelo Brazil Institute do Wilson Center. O convite afirma que Mourão é no governo “uma voz de razão e moderação, capaz de orientar a direção em assuntos nacionais e internacionais”.

Na mensagem, Carlos diz que "se não visse, não acreditaria que [Mourão] aceitou [o convite] com tais termos".

Após as mensagens publicadas por Carlos Bolsonaro, o vice-presidente concedeu uma rápida entrevista a jornalistas na saída da Vice-Presidência, em Brasília.

Segundo Mourão, Bolsonaro tem a "forma de pensar dele" e é preciso aguardar o desfecho da discussão.

"O presidente é o presidente. E o presidente tem a forma de pensar dele. [Vamos] aguardar, né? Filho é filho", disse o vice.

"A minha mãe sempre dizia uma coisa: quando um não quer, dois não brigam e essa é a minha linha de ação", concluiu Mourão.

Minutos depois da declaração de Mourão, Carlos Bolsonaro voltou a publicar uma mensagem em uma rede social. Sem citar o vice-presidente, o vereador afirmou: "Nunca foi por briga e sim pela verdade!".




Fonte: G1 e TV Globo – Brasília