Minoria
diz ter 110 assinaturas para suspender votação; número é contestado
Por:
Visão do Araripe
A deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), líder da minoria, afirmou ter recolhido ao menos 110 assinaturas em
um requerimento pedindo para suspender a tramitação da reforma da Previdência
por 20 dias. Segundo os parlamentares contrários ao governo, o texto não pode
ser votado se não contiver a previsão de seu impacto nas contas públicas.
Cerca de uma hora após a
apresentação do requerimento, o presidente da Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou que não havia o
número necessário de assinaturas.
A assessoria da deputada,
porém, informou um número diferente: 113 assinaturas, das quais quatro teriam
sido rejeitadas por serem repetidas e dez não teriam sido reconhecidas,
restando 99 válidas. Os deputados cujas assinaturas não foram reconhecidas
podem ir à secretaria geral da mesa para validar sua posição.
"Apenas comuniquei essa
questão para que todos tenham conhecimento", disse Francischini. "Não
houve nem o atingimento mínimo necessário para a propositura do
requerimento."
A oposição reagiu à
afirmação e houve novo tumulto na sessão. "Isso aí chama golpe",
afirmou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
Qual
o argumento da oposição?
Segundo Jandira Feghali, o
artigo 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da
Constituição Federal determina que toda proposta legislativa deve conter o
impacto financeiro explícito. O artigo 114, disse a parlamentar, determina que,
quando isso não é respeitado, um quinto dos deputados (103, no total) podem
sustar a tramitação da proposta.
Durante a sessão da CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, o vice-líder do PT, deputado
José Guimarães (CE), afirmou que o presidente da comissão, Felipe Francischini
(PSL-PR), deveria encerrar a sessão para que o requerimento fosse
apreciado.
Guimarães também fez o mesmo
pedido ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estava no plenário
da CCJ acompanhando o debate. Entretanto, os trabalhos prosseguiam com a
votação de outros requerimentos para adiamento da votação da proposta.
Fonte: Antonio
Timóteo e Luma Poletti - UOL
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