segunda-feira, 8 de abril de 2019

Mercado reduz pela 6ª vez seguida previsão para alta do PIB em 2019


Boletim Focus, divulgado nesta segunda (8), prevê alta de 1,97% para o PIB neste ano. Na pesquisa divulgada na semana passada, mercado apontava para alta de 1,98%.

Por: Visão do Araripe

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central voltaram a reduzir a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2019.

De acordo com o boletim Focus divulgado pelo BC nesta segunda-feira (8), a previsão dos economistas é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,97% neste ano.

No boletim divulgado na semana passada, a previsão de alta do PIB estava em 1,98%.

Para se ter uma ideia, há um mês os analistas esperavam um desempenho bem melhor da economia brasileira em 2019: crescimento de 2,28%. No início do ano, a expectativa era de alta de 2,53%.

A queda no otimismo dos economistas ouvidos pelo Banco Central coincide com o começo turbulento do governo do presidente Jair Bolsonaro, que vem, por exemplo, enfrentando dificuldades na articulação política com o Congresso.

O ápice da crise foi a troca de farpas entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, no final do mês passado, e que elevou os temores em relação às dificuldades para a aprovação da reforma da Previdência, tida como principal meta da equipe econômica do governo.

Na semana passada, quando os analistas foram ouvidos pelo BC para o relatório divulgado nesta semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para debater a proposta do governo para a reforma da Previdência. A audiência, tensa, terminou em tumulto.

Inflação e dólar

O Banco Central também ouve os analistas sobre a expectativa para a inflação e para a cotação do dólar ao final de 2019.

De acordo com o relatório, os economistas elevaram, de 3,89% para 3,90%, a previsão para o IPCA (inflação oficial) neste ano.

Para o dólar, os analistas prevee cotação de R$ 3,70, mesmo valor do relatório divulgado na semana passada.


Fonte: Fabio Amato, G1 – Brasília

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