Foto: CNN
Por: Visão do Araripe
O Brasil registrou 113 mortes por COVID-19 entre domingo (19) e segunda-feira (20), segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde. O total de pessoas que morreram no país após infecção pelo novo coronavírus chegou a 2.575.
Há cerca de uma hora, o ministério divulgou uma primeira versão do boletim que, segundo o próprio governo, continha um erro de digitação que aumentou o número de mortes. O governo enviou uma correção posteriormente, e este texto foi alterado para incluir as informações corretas.
Com isso, o país registrou hoje o menor número de mortes em uma semana. No dia 13, foram somados 105 óbitos por COVID-19.
O país contabilizou mais 1.927 pessoas com COVID-19 de ontem para hoje, chegando a 40.581. Destas, 8.318 -- cerca de 20% do total -- estão internadas.
Os números compilados pelo governo federal foram enviados pelas secretarias estaduais de Saúde até as 14h de hoje.
A quantidade de casos e vítimas tende a ser maior do que a registrada até o momento, porque há uma defasagem nos dados registrados pelo Ministério da Saúde. Além de os boletins diários refletirem os números de cada estado nas 24 horas anteriores, outro problema é a demora na realização de testes para COVID-19 e na obtenção de seus resultados.
Estados
São Paulo continua sendo a unidade da federação mais afetada pela pandemia, em números absolutos. O estado tem 1.037 mortos por COVID-19 e 14.580 casos confirmados. Hoje, a CNN noticiou que o estado deve começar a relaxar as medidas de restrição de circulação a partir de 10 de maio em cidades do interior mais distantes da capital.
Rio de Janeiro (422), Pernambuco (234), Ceará (198) e Amazonas (185) são os outros estados brasileiros com mais de 100 vítimas, mas todas as unidades da federação já registraram óbitos por COVID-19.
Onze estados têm mais de mil casos confirmados: São Paulo (14.580), Rio de Janeiro (4.899), Ceará (3.482), Pernambuco (2.459), Amazonas (2.160), Bahia (1.341), Minas Gerais (1.189), Maranhão (1.320), Espírito Santo (1.168), Paraná (1.007) e Santa Catarina (1.025).
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), informou ontem que o estado vai prorrogar o decreto com medidas de distanciamento social até 5 de maio. O Ceará está com UTIs lotadas por causa da pandemia.
Perfil das vítimas
Até esta segunda-feira, o Ministério da Saúde investigou 2.082 (81%) das 2.575 mortes por COVID-19 no Brasil. Segundo o governo, sete em cada 10 vítimas tinham mais que 60 anos de idade e apresentavam pelo menor um fator de risco, como doenças do coração ou do pulmão e diabetes. A maioria eram homens (60%) e de cor branca (56,6%).
Segundo o ministério, quem tem mais de 60 anos se enquadra no grupo de risco, mesmo que não tenha nenhum problema de saúde associado.
Pessoas de qualquer idade que tenham problemas de saúde como cardiopatia (doenças do coração), diabetes, pneumopatia (doenças do pulmão), doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade e asma, além de mulheres que deram à luz há pouco tempo, também precisam redobrar os cuidados nas medidas de prevenção ao coronavírus.
Governo testa remédio
Em entrevista à CNN hoje, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Marcos Pontes, disse que os testes para a aprovação do uso do medicamento nitazoxanida para o tratamento da COVID-19 já estão na terceira etapa.
Caso o remédio se mostre efetivo, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) irá permitir que os médicos o receitem.
Segundo Pontes, os testes clínicos já foram iniciados, vão envolver 500 pacientes e devem durar aproximadamente um mês, porque ainda não há informações sobre o fluxo de pacientes que deve dar entrada nos hospitais e que serão aprovados para serem submetidos ao teste, além do tempo do procedimento em si.
"Para cada paciente, o teste dura 14 dias. Cinco dias em que ele utiliza o medicamento e nove em que é observado", explicou.
Além do Brasil, Egito, Estados Unidos, México e Paquistão devem começar os testes com a substância em breve.
Fonte: CNN em São Paulo.
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