A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da Vila
São Cottolengo, hospital filantrópico que atende pessoas com deficiência, apura
a morte de sete pacientes, ocorridas nos últimos nove dias na unidade, em
Trindade, na Região Metropolitana De Goiânia. De acordo com a instituição, 51
pacientes adoeceram nos últimos 20 dias.
Segundo a presidente da CCIH, a enfermeira Lidiane Castro
Figueiredo, os pacientes foram submetidos a exames pela Vigilância
Epidemiológica de Trindade, mas os resultados ainda não foram concluídos. Ela
afirma que existem três hipóteses diagnósticas: dengue, pneumonia ou algum tipo
de infecção viral.
“No momento a gente não considera como um surto. Todos os
casos nós já estamos com o apoio da Vigilância Epidemiológica de Trindade. Os
exames já foram coletados, e estamos aguardando os resultados. A gente restringiu
uma parte do hospital, onde há pacientes já estabilizados, mas optamos em
coloca-los em isolamento por precaução”.
“É a primeira vez que enfrentamos isso. Assusta, mas temos
uma equipe 24h, estamos acompanhando todos os nossos pacientes, desde os
primeiros dias de sintomas”, disse a enfermeira.
A Vila São Cottolengo atende, de forma integral, cerca de
365 pacientes que se encontram em vulnerabilidade social. Além disso, promove,
por dia, cerca de 2,4 mil atendimentos ambulatoriais e educacionais.
Segundo o gerente em enfermagem do hospital, Raul Carvalho
de Souza, os pacientes começaram a apresentar sintomas de pneumonia entre os
dias 10 e 15 de fevereiro. Após a sétima morte, sendo a quarta relacionada a
problemas respiratórios, o hospital encaminhou o corpo para o Serviço de
Verificação de Óbito (SVO), que também apura a causa da morte.
“Iniciou-se um tratamento para pneumonia, com antibióticos
fortes. Mais ou menos em nove dias tivemos o óbito de sete pacientes, porém,
relacionados à pneumonia foram quatro pacientes. Na última morte a gente
encaminhou para o IML [Instituto Médico Legal] para saber realmente o que era”,
afirmou.
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