A maioria das mulheres está
concentrada em ocupações relacionadas a serviços administrativos, de educação e
saúde. Segundo dados mais recentes da Relação Anual de Informações Sociais
(Rais), em 2016, as principais profissões desempenhadas por elas eram a de
auxiliar de escritório, assistente administrativo, vendedora do comércio
varejista e faxineira.
No entanto, apesar de não aparecerem entre as cinco
principais ocupações femininas, as professoras lideram o ranking das profissões
ocupadas por mulheres. Isso ocorre porque, na Classificação Brasileira de
Ocupações (CBO), a atividade de professora se divide em 76 especialidades e,
quando agrupadas, totalizam 3,1 milhões de profissionais registrados na Rais em
2016, sendo que as mulheres são responsáveis por 2,3 milhões de vínculos.
A analista de Políticas Sociais
do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho,
Mariana Eugênio, explica que a participação feminina no mercado de trabalho
formal está centralizada em setores muito específicos como o da educação.
“Esses dados demonstram que ainda persistem no mercado de trabalho brasileiro
condicionamentos estruturais que associam as mulheres a ocupações vinculadas à
atenção e ao cuidado, inibindo sua atuação nos diversos setores da economia.
Observa-se, contudo, que esse cenário está em transformação e que as mulheres
estão cada vez mais presentes em setores como o da Construção Civil e a
Indústria”.
As professoras ultrapassam o
número de auxiliares de escritório (1.294,071) e assistentes administrativos
(1.291,933). Entre as vendedoras do comércio varejista, as mulheres ocupam 1,1
milhão dos mais de dois milhões de trabalhadores registrados nessa ocupação.
Elas representam 73,20 % dos 1,3 milhões de postos de trabalho ocupados por faxineiros.
DIDI GALVÃO
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