segunda-feira, 12 de março de 2018

TIO ESPANCA SOBRINHA DE 14 ANOS ATÉ A MORTE POR NÃO CONCORDAR COM NAMORO


Um tio espancou até a morte a sobrinha de 14 anos por não concordar com o namoro dela com um rapaz mais velho e supostamente ligado ao tráfico de drogas, em Araraquara, interior de São Paulo. A agressão aconteceu no sábado, 10, e a estudante Hemilly Brenda Gonçalves de Oliveira morreu na tarde de domingo, 11, na Santa Casa da cidade, onde havia sido internada em estado grave. O acusado do crime, Washington Manoel Gonçalves de Oliveira, de 27 anos, foi preso. Ele já havia sido denunciado anteriormente por agressões à própria mãe e à esposa.

De acordo com a Polícia Civil, a adolescente morava com os avós, no bairro Maria Luiza. O avô, Divino Negretti, contou à polícia que, no sábado, ela saiu com um rapaz e pretendia namorá-lo. O tio, que mora próximo, ficou sabendo e foi à casa, alegando que o rapaz era um traficante, além de ser “muito velho” para ela. Houve discussão e ele passou a agredi-la violentamente.

O avô contou que saiu para tirar o carro da garagem e, quando voltou, a adolescente estava caída, desmaiada. Ele levou a neta a uma unidade de pronto atendimento, de onde ela foi transferida para a emergência da Santa Casa.

Conforme o hospital, Hemilly apresentava traumatismo craniano e passou por cirurgia, mas não conseguiu se recuperar. A menina morreu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. O corpo passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML) e era velado na manhã desta segunda-feira, 12, no Velório Municipal. Amigos, colegas de escola, professores e outros parentes estavam inconformados com o assassinato da garota pelo tio.

No dia das agressões, policiais militares foram à procura do acusado e o encontraram escondido numa área de mata. O homem tentou resistir, mas foi preso. Ele alegou à polícia que, ao saber que a sobrinha estava namorando uma pessoa de má índole, ele tentou alertá-la, mas houve discussão. Ele disse que apenas a empurrou e a garota, que era franzina, bateu com a cabeça ao cair.

A avó da menina, Cleusa de Jesus Oliveira, de 56 anos, que tinha a guarda de Hemilly desde que ela nasceu, contesta essa versão. Ela disse que estava em sua casa com a neta, quando o filho chegou e começou a brigar, alegando que a garota estava namorando um moço mais velho, que seria traficante. “Eu não sei se isso é verdade, ela não tinha me contado, mas o tio sempre teve muito ciúmes dela e foi batendo e jogando ela contra a parede.

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