Já está tudo pronto para o 17º Congresso Brasileiro de
Gastropediatria – Gastroped, a ser realizado pela Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP) em conjunto com a Sociedade de Pediatria de Pernambuco
(Sopepe). Sob o tema Construindo Pontes Entre a Ciência e o Cuidado, o evento
acontecerá de 29 de agosto a 1º de setembro, no Hotel Armação, na praia Porto
de Galinhas, município de Ipojuca, Região Metropolitana do Recife.
Pela primeira vez no Estado, o Gastroped deverá receber cerca
de 1.500 congressistas, entre gastropediatras, pediatras, nutricionistas e
estudantes da área de saúde, que desfrutarão de uma estrutura especial nos
quatro dias do evento. Serão três salas simultâneas, duas de gastroenterologia
pediátrica e uma de hepatologia pediátrica, permitindo que os participantes
vivenciem uma imersão em diversos temas relacionados à saúde infantil.
A programação se inicia com um pré-congresso, no qual serão
ministrados cursos com temas que vão da imersão em alergia à proteína da vaca
(ALPV), coordenado pelo médico Emanuel Sarinho, presidente do Departamento de
Alergologia da SBP, e pela gastropediatra Kátia Brandt, ao suporte nutricional
e gastropediátrico no prematuro, coordenado pela nutróloga Graça Moura, membro
da comissão organizadora do Gastroped em Pernambuco.
Presidente do congresso e vice-presidente da Sopepe, Kátia
Brandt presidirá a conferência inaugural Enteropatia Ambiental: Ontem e Hoje,
ministrada pela professora Gisélia Alves, que inicia a programação da
quinta-feira (30). Ela explica que a conversa abordará o agravo repetido ao
intestino decorrente de um ambiente contaminado por micro-organismos.
“Esse tipo de contaminação acontece principalmente através da
água, em ambientes de pior condição socioeconômica, carentes de água de boa
qualidade e acesso ao saneamento básico”, detalha Kátia. “As crianças expostas
a esses fatores sofrem um aumento da população bacteriana intestinal, o que
causa inúmeros transtornos, como a má absorção de nutrientes provenientes dos
alimentos e repetidos episódios de diarreia”, completa.
As descobertas mais recentes sobre o assunto, segundo Kátia
Brandt, são as consequências em longo prazo de tal contaminação, como o
favorecimento à desnutrição da criança, à redução do crescimento, o maior risco
de baixa estatura e um menor desempenho intelectual, comprometendo as pessoas
por toda vida.
A gastropediatra também ministrará aula sobre a doença do
refluxo na criança com paralisia cerebral, detalhando as complicações
resultantes de um sofrimento precoce do cérebro, geralmente em bebês com falta
de oxigenação durante o nascimento, e as medidas particulares para tratar esse
grupo de crianças.
As inscrições para o 17º Gastroped estão abertas e devem ser
feitas através do site www.gastroped2018.com.br, onde também é possível
conferir a programação completa do congresso.
DIDI GALVÃO
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