A morte de uma grávida de 20 anso em Mongaguá, no litoral de
São Paulo, pode ter acontecido por conta de um pacto satânico dos patrôes da
jovem com uma seita. A informação é do G1. A polícia encontrou na casa dos
principais suspeitos, patrões de Atyla Arrua Barbosa, imagens e altares. Os
dois foram presos na sexta depois de uma tentativa de receber uma indenização
de R$ 260 mil do seguro de vida da jovem.
Atyla foi achada morta em julho, em uma praia, e inicialmente
a polícia suspeitou que ela tinha se afogado sozinha. As investigações no
entanto avançaram e a polícia começou a perceber que os patrões da jovem caiam
em contradição constantemente. Foi descoberto então que a jovem foi morta para
que o casal recebesse o seguro de vida dela. Os suspeitos fingiram que eram
padrinhos e cuidavam da vítima, que estava grávida de 3 meses. Ela morava com
os patrões em Itanhaém, cidade próxima.
Quando os falsos padrinhos foram tentar resgatar o dinheiro,
a polícia foi acionada e prendeu os dois. Agora, os policiais acreditam que o
patrão é o pai da criança que Atyla esperava e tramou sua morte. O homem de 47
anos, que não teve o nome divulgado, teria cometido o crime com concordância da
mulher, de 41 anos. Eles disseram que ela vivia com eles desde janeiro. Para a
polícia, o patrão afogou Atyla.
"Primeiro ela disse ser madrinha da menina e que os pais
a haviam abandonado, o que é não é verdade. Ela conversava todos os dias com a
mãe. Ela não é madrinha dela também", diz o delegado Ruy de Matos. Depois,
começaram a surgir indícios de que o casal era ligado a uma seita. "As
investigações apontam que eles têm relação com uma seita luciferiana, ou seja,
eles adoram Lúcifer. Nós pegamos algumas conversas da Atyla com outras pessoas,
via WhatsApp, dizendo que ela teria que ofertar dois filhos para a seita, o que
nos leva a acreditar que o suspeito era o pai da criança que ela estava
gerando", acrescenta o delegado.
Selmair Arruda de Moraes, 44 anos, mãe de Atyla, afirma que
sua filha foi violentada e vivia mantida em cárcere privado pelos patrões. Ela
contou que a filha saiu de casa, em Aparecida de Goiânia, em busca de um
emprego. Uma amiga dela soube de uma vaga de trabalho em uma transportadora, no
litoral paulista, que era oferecida pelo casal em Itanhaém. Eles ofereciam
também moradia ao empregado contratado. A mãe diz que não queria que a filha
fosse para outro estado, mas ela resolveu viajar em busca de melhorias de vida.
"Ela ficou muito depressiva e triste depois que a gente perdeu tudo, financeiramente
falando. Ela falava: ‘mamãe, eu vou, sim, porque quero ajudar a senhora'".
A filha conversava constantemente com a mãe pelo telefone e
redes sociais. Ela conta que algumas vezes, durante telefonemas, ouvia alguém
induzindo a conversa da filha. "Não era minha filha ali. Ela estava sendo
controlada", acredita.
Em 2 de julho, um dia antes do susposto afogamento da filha,
a mãe não conseguiu mais falar com ela. Sem conseguir contato, Selmair pediu
dinheiro emprestado para viajar até Itanhaém, onde chegou em 24 de julho.
"Fui à delegacia, dei o nome do casal e puxaram vários papéis. Quando
falei da minha filha, surgiu uma foto na tela do delegado. Quinze minutos
depois, disseram-me que ela estava morta", conta. Foi quando a mãe negou a
informação de que os patrões eram padrinhos da filha e disse que não os
conhecia.
Depois, a polícia achou na casa dos dois documentos sobre o
seguro de vida, o que teria motivado a morte. "Tudo indica que a minha
filha era violentada sexualmente por ele. Ela era mantida em cárcere privado.
Foi comprovado que nenhum vizinho próximo a via na rua. A gravidez é certeza,
sim, e vão fazer exame de DNA para ver
se era mesmo dele, mas a polícia me disse que ele mesmo já se entregou",
afirma.
g1
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