Uma operação da Polícia Civil flagrou estabelecimentos
roubando energia da Celpe, após uma denúncia da companhia sobre a prática
criminosa. Na manhã desta quarta-feira (22), agentes da polícia e técnicos da
Celpe estiveram em seis pontos, sendo três frigoríficos, que ficam nos bairros
de Parnamirim, Boa Vista e Água Fria, dois supermercados e uma academia de
ginástica, no Ibura, bairros do Recife e da Região Metropolitana. O desvio de
energia chega a R$ 1 milhão, em apenas um mês.
De acordo com o delegado Joselito Kehrle, chefe da Polícia
Civil sobre a Operação Clandestinus, a iniciativa tem o objetivo de combater o
furto de energia elétrica. “Inspeções realizadas pela Celpe deram um norte de
onde deveríamos ir, foi quando visitamos os estabelecimentos e comprovamos o
crime”, conta o delegado.
O Gerente de Transmissão da Celpe, Fábio Barros, disse em
coletiva que há seis meses a companhia fiscalizava estes endereços. “Eles já
tinham sido flagrados antes, após a equipe de inteligência identificar
irregularidades nos registros. Eles foram notificados com uma conta a ser paga
no valor do que consumiram ilegalmente, mas depois voltaram a roubar energia de
novo”, destaca Fábio.
“A quantidade de energia roubada pelos seis estabelecimentos
daria para fornecer eletricidade para todo o bairro da Torre, durante um mês, o
que equivale a aproximadamente 8 mil residências”, completou o gerente da
companhia. De R$ 1 milhão equivalente à energia obtida ilegalmente, R$ 300 mil
de impostos deixaram de ser pagos ao Governo.
Os donos dos comércios autuados foram levados à delegacia
para prestar depoimento. Eles podem ser presos por furto ou estelionato. Por
este último não há fiança. “Precisamos coibir essa prática criminosa, pois no
final, quem paga o preço mais alto na conta é o consumidor regularizado”,
relata Joselito Kehrle.
Dados
Segundo Fábio Barros, a Celpe faz anualmente cerca de 125
mil inspeções direcionadas a este crime. Desta quantidade, 30% dos casos são
confirmados como roubo de energia, o que equivale a uma média de 3.750 pessoas
notificadas por fazer os conhecidos “macacos” nos postes.
JC Online / Foto: Reprodução/PCPE
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