O Ministério
Público Federal (MPF) abriu uma investigação contra o economista do
presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes. Segundo o jornal O Globo,
Guedes teria obtido “benefícios econômicos” a partir de “crimes de gestão
temerária ou fraudulenta” de investimentos de fundos de pensão.
O MPF deve investigar se Paulo Guedes aplicou o capital
oriundo dos fundos de pensão de maneira considerada irregular, deixando
prejuízos milionários aos aposentados estatais. Segundo a defesa de Guedes, as
acusações são frágeis.
Todas as operações envolvem cinco fundo estatais de pensão
que aplicaram dinheiro nos negócios geridos por Paulo Guedes. Entre os fundos
estão: Funcef, dos servidores da Caixa Econômica Federal, a Petros, dos
servidores da Petrobrás e a Previ, dos servidores do Banco do Brasil.
A empresa de Paulo Guedes teria cobrado comissões abusivas
para gerir investimentos. Os procuradores consideram que o cálculo de comissão
recebido “não tem nenhum sentido”, com a empresa lucrando cerca de R$ 152,9
milhões entre 2009 e 2014.
Segundo defesa, Guedes não tem poder sobre investimentos
A defesa do economista Paulo Guedes ainda afirmou que ele não
tem poder de deliberação nenhum sobre os investimentos e apenas sugeria as
empresas que receberiam recursos. Mesmo assim, os investimentos tinham que ser
aprovados por um comitê composto por integrantes dos fundos de pensão.
“O relatório omite o lucro considerável que o fundo tem
proporcionado aos investidores e a perspectiva de lucro de mais de 50% do valor
investido. Ou seja, não houve qualquer prejuízo às partes envolvidas”, diz a
nota dos advogados.
Outras investigações
O Ministério Público já investiga suspeitas de gestão
temerária ou fraudulenta no BR Educacional, o Fundo de Investimentos em
Participações (FIP) que é gerido por uma empresa de Guedes que captou recursos
dos fundos estatais para investir no setor privado de educação.
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