As eleições para os governos estaduais surpreenderam as
pesquisas de intenções de voto – desbancando partidos tradicionais e colocando
legendas menores no páreo no segundo turno. Estreantes tiveram sucesso entre os
eleitores com discurso de combate à corrupção e redução das despesas públicas.
É o caso do PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, com chances no
segundo turno de eleger três governadores, o que seria um feito histórico da
sigla.
Apesar de ter perdido espaço, os maiores partidos também
estão competitivos no segundo turno. Caso saia vitorioso no pleito de 28 de
outubro, o PSDB, por exemplo, pode ser a legenda com o maior número de
governadores – seis no total, posto atualmente ocupado pelo PT, conforme os
resultados desse domingo (7).
Veja a seguir a situação dos partidos no segundo turno para
os governo estaduais:
PSL
Os candidatos da partido concorrem aos governos de Rondônia,
Roraima e Santa Catarina e apresentam patentes militares nos nomes de disputa.
É o caso de Comandante Moisés, coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, que
disputará o governo catarinense com Gelson Merísio (PSD). E o Coronel Marcos
Rocha, que vai concorrer em Rondônia contra o tucano Expedito Júnior. Ele saiu
de quarto colocado nas últimas pesquisas eleitorais para segundo lugar.
Em Roraima, o empresário do setor agropecuário Antonio
Denarium concorre pela primeira vez a um cargo eletivo contra o tucano José
Anchieta.
PSC
Juiz e ex-fuzileiro naval, o candidato ao governo do Rio
Wilson Witzel (PSC) também terminou em primeiro lugar após apresentar
crescimento nos últimos dias impulsionado por falas em defesa de Bolsonaro. Com
a rápida subida, ele e Eduardo Paes (DEM) desbancaram a candidatura de Romário
(Podemos), que iniciou a campanha liderando as intenções de voto.
PSDB
Dos 12 candidatos tucanos que disputavam governos estaduais
nas cinco regiões, seis conseguiram votos suficientes para seguir para o
segundo turno. A sigla não elegeu governador no primeiro turno.
O partido disputa os governos de dois dos maiores colégios
eleitorais: Minas Gerais e São Paulo. O ex-governador Antonio Anastasia (PSDB)
vai concorrer com Romeu Zema (Novo), que ficou em primeiro lugar na preferência
dos mineiros. Até domingo, a expectativa era de que o tucano concorresse contra
o atual governador, Fernando Pimentel (PT).
João Dória disputará o governo de São Paulo com o atual
governador Márcio França (PSB). Na véspera do primeiro turno, quem estava em
segundo lugar era o emedebista Paulo Skaf. Essa foi outra surpresa que saiu das
urnas.
Além de Minas e São Paulo, os tucanos disputam no Mato Grosso
do Sul, Rondônia, Rio Grande do Sul e Roraima.
Há quatro anos, o partido garantiu vitória em cinco unidades
da Federação.
PT
Com três governadores eleitos no primeiro turno (Camilo
Santana, Rui Costa e Wellington Dias no Ceará, Bahia e Piauí, respectivamente),
o PT ainda concorre a uma vaga no dia 28 de outubro, com Fátima Bezerra, que
está na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte contra Carlos Eduardo
(PDT). Hoje, os petistas comandam os governos de cinco estados e esperavam
disputar o segundo turno com Fernando Pimentel em Minas, mas ele perdeu a
reeleição.
PCdoB
Ao reeleger Flávio Dino, no Maranhão, a legenda mantém a
mesma marca de um governador, alcançada pela primeira vez nas eleições
anteriores, em 2014. Dino derrotou mais uma vez o clã Sarney, representado
desta vez pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB).
PSB
Ainda se recompondo politicamente após a morte de Eduardo
Campos, o PSB também conseguiu eleger três governadores – Espírito Santo,
Pernambuco e Paraíba -, mantendo o desempenho de 2014. O número pode mais que
dobrar a depender do resultado do segundo turno, quando irá concorrer em São
Paulo, Sergipe, Amapá e Distrito Federal.
DEM
Já o DEM, que não conseguiu eleger nenhum candidato a
governador nas últimas eleições, voltou a ganhar corpo recentemente, após o
impeachment de Dilma Rousseff e a eleição do deputado Rodrigo Maia (RJ) para a
Presidência da Câmara. A sigla já tem dois governos garantidos (Ronaldo Caiado,
em Goiás, e Mauro Mendes, no Mato Grosso), e concorre em mais dois estados
(Pará e Rio de Janeiro).
MDB
No primeiro turno, o MDB conseguiu eleger apenas um
governador, Renan Filho, em Alagoas. No segundo turno, está na disputa no
Distrito Federal, Rio Grande do Sul e no Pará. Outra surpresa, Ibaneis Rocha
vai brigar pela preferência do eleitorado do DF contra o atual governador,
Rodrigo Rollemberg (PSB), que estava empatado tecnicamente com outros dois concorrentes.
AGÊNCIA BRASIL
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