O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje pela primeira
vez que pode apoiar a aprovação da reforma da Previdência ainda no atual
governo. O presidente Michel Temerafirmou ontem que é possível finalizar a
reforma enviada ao Congresso ainda neste ano se Bolsonaro quiser.
“Na semana que vem, estaremos em Brasil para um encontro com
Temer. Se der para aprovar alguma coisa da reforma da Previdência, o todo ou
parte, evitaria um problema para o futuro governo”, disse Bolsonaro em
entrevista para a Rede Record.
Segundo ele, o novo governo vai atuar junto ao Congresso para
evitar a votação de pautas-bombas. “Pois temos um déficit monstruoso e ele não
pode aumentar.”
Temer afirmou que pode deixar a ‘estrada estará inteiramente
asfaltada para o próximo governo”, referindo-se à reforma da Previdência. A
proposta parece contar com o apoio de Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda.
Em encontro com investidores, Guedes disse a que Bolsonaro poderia ajudar Temer
a aprovar a reforma.
Hoje, Bolsonaro afirmou que não dá para revogar o limite do
teto de gastos. “Não adianta revogar o teto, não tem como investir mais.”
Ele acenou para o empresariado e prometeu medidas para destravar a economia. “É preciso
destravar a economia, desburocratizar, regulamentar para que os investidores,
empresários e comerciantes tenham meios de empregar sem tanta burocracia.
Somente dessa forma dá para movimentar a economia.”
Mercosul
Bolsonaro ironizou a forma como Paulo Guedes respondeu a uma
pergunta de uma jornalista argentina sobre o Mercosul: “ele se soltou”. Guedes
chamou de ‘malfeita’ a pergunta sobre a possibilidade de rompimento com o
Mercosul. “Mercosul não é prioridade. É isso que você queria ouvir?”, perguntou
Guedes para a repórter do jornal argentino Clarín.
O presidente eleito endossou a visão do futuro ministro da
Fazenda peso do Mercosul nas relações comerciais com o Brasil. “Acho que o
Mercosul é supervalorizado, no meu ponto de vista. Ninguém quer implodir [o
bloco], mas dar a devida estatura que ele tem.”
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