O presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento
(Compesa), Roberto Tavares, foi condenado por improbidade administrativa por
supostas irregularidades em contrato para a construção da Barragem de Pirapama
– que atende, além de bairros do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de
Santo Agostinho. Foram condenados também o ex-presidente da Compesa, João Bosco
Tavares, e a ex-diretora de engenharia Ana Maria Torres. As Construtoras
Queiroz Galvão e OAS também foram penalizadas.
O juiz Rodrigo Vasconcelos Coelho de Araújo, da 35ª Vara
Federal, em Pernambuco, viu “faturamento por sobrepreço e impropriedades em
processo licitatório”. O contrato investigado é no valor de mais de R$ 430
milhões, do total de R$ 479 milhões incialmente destinados ao projeto. Cálculos
do Tribunal de Contas do Estado (TCE) usados no processo apontam sobrepreço de
mais de R$ 110 milhões, o que foi refutado pelos acusados. A decisão foi tomada
no dia 27 de julho deste ano, mas só divulgada agora.
Em outro processo, o ex-diretor da Odebrecht no Nordeste,
João Pacífico, em depoimentos de sua delação premiada, denunciou que foi
acertado com o então governador Eduardo Campos o pagamento de 3% do contrato
para o Sistema Adutor de Pirapama, em contribuição da campanha do socialista.
A Compesa divulgou nota pela qual acredita que a decisão será
revertida. A empresa ressalta, entre outras coisas, a “lisura e zelo” dos seus
funcionários com a coisa pública nos cargos que já ocuparam. Com informações do
Blog de Jamildo.
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