O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Brasilia
Serão
recriadas pastas de Cidades e Integração, disse senador Fernando Bezerra
Coelho, líder do governo e relator da MP da reforma administrativa, após
reunião com ministro Paulo Guedes.
Por:
Visão do Araripe
O relator
da medida provisória da reforma administrativa, senador Fernando
Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou nesta terça-feira (7), após reunião com o
ministro da Economia, Paulo Guedes, que o governo admitiu dividir em dois o
Ministério do Desenvolvimento Regional e recriar os ministérios das Cidades e
da Integração Nacional. A criação dos dois ministérios constará do relatório de
Bezerra a ser apresentado à comissão mista do Congresso que trata do assunto.
As
duas pastas tinham sido extintas na reestruturação feita pelo governo Jair
Bolsonaro, que reduziu
de 29 para 22 o número de ministérios. De
acordo com o blog de Gerson Camarotti, parlamentares de
partidos como MDB, DEM e do bloco chamado "Centrão" estavam
pressionando o Planalto pelo aumento do número de ministérios a fim de atender
às demandas por indicações políticas.
Em
troca, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) permaneceria
subordinado ao Ministério da Justiça e
Segurança, como
defende o ministro Sérgio Moro – grupos de parlamentares
pretendiam que o órgão fosse para o Ministério da Economia. O conselho é um
organismo de inteligência que atua contra a lavagem de dinheiro.
"Hoje de manhã, em reunião com
o presidente da República e com o ministro Onyx, ficou decidido que o
Ministério do Desenvolvimento Regional vai ser desmembrado e vai ser recriado o
Ministério das Cidades e o Ministério da Integração. Esta é a grande novidade
que vai estar no relatório", afirmou Bezerra Coelho, que também é líder do
governo no Senado.
Procurada, a Secretaria de Comunicação
da Presidência informou não ter "detalhamentos no momento".
Bezerra
Coelho afirmou que, na conversa com Guedes, também disse ao ministro que o
relatório sobre a MP preservará o Coaf no MInistério da Justiça. "Nós comunicamos
a ele [Paulo Guedes] a decisão tomada no dia de ontem de que o Coaf fica
mantido no Ministério da Justiça", declarou.
Registro sindical muda
Ainda de acordo com o líder do governo,
o ministro Paulo Guedes foi comunicado nesta terça-feira que a responsabilidade
sobre os registros sindicais passará do Ministério da Justiça para o Ministério
da Economia.
A
concessão dos registros cabia ao extinto Ministério do Trabalho e foi suspensa
no ano passado após a Polícia Federal ter deflagrado a Operação Registro
Espúrio, que apurou fraudes nas concessões.
Segundo
Fernando Bezerra, Guedes preferia que a responsabilidade permanecesse com o
Ministério da Justiça.
"Comunicamos a ele
[Paulo Guedes] que o registro sindical sai do Ministério da Justiça e vem para
o Ministério da Economia. Ele, em princípio, preferia que isso ficasse no
Ministério da Justiça, mas explicamos a ele as demandas que surgiram",
declarou o líder.
A retomada
da concessão dos registros foi anunciada na semana passada,
pelo Ministério da Justiça.
Banco Central
Segundo Fernando Bezerra Coelho, o
governo tentará aprovar ainda o projeto
que trata da autonomia do Banco Central.
O
texto prevê, entre outros pontos, a perda do status de ministério e mandato de
quatro anos para o presidente do BC, não coincidente com o mandato de
presidente da República.
Fonte: G1-
Brasília
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