Campus Recife da UFPE — Foto: Ascom UFPE/Divulgação
Segundo
representantes da UFPE, UFRPE e Univasf, corte anunciado pelo MEC pode
comprometer a manutenção de contratos e afetar graduações e pós-graduações.
Por:
Visão do Araripe
Com o anúncio
de corte nas verbas
das 63 universidades públicas federais feito pelo
Ministério da Educação (MEC),
gestores das três instituições de Pernambuco temem
o encerramento de atividades nas áreas de graduação e
pós-graduação. Eles também apontam a dificuldade para manter contratos e pagar
contas de água e energia.
A redução de 30% nas verbas
das instituições federais em todo o Brasil foi anunciada no
dia 30 de abril. A divulgação ocorreu depois das reações críticas ao corte
de recursos de três universidades públicas: a Universidade
de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade
Federal da Bahia (Ufba).
O corte no orçamento
das federais é tema de um encontro marcado para esta quarta-feira (8), na sede
da UFRPE, na Zona Norte do Recife.
Em entrevista ao Bom
Dia Pernambuco desta quarta, o pró-reitor da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE), Thiago
Galvão, afirmou que o corte de R$ 55,8 milhões já foi aplicado no orçamento de
2019 da instituição.
“Isso representa mais
de 50% do que a gente tinha previsto para os contratos do ano inteiro. Vai ser
ruim para o segundo semestre e pode paralisar as pesquisas ou as atividades de
graduação”, diz.
Com 40 mil alunos na
graduação e na pós-graduação nos campi do Recife, Vitória
de Santo Antão e Caruaru, a UFPE
também pode ter o comprometimento da segurança dos estudantes, segundo o
gestor. “A gente tem contratos de segurança e, se formos obrigados a demitir
pessoas, vamos colocar nossos alunos em risco”, afirma o pró-reitor.
Na Universidade
Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), o corte
é de R$ 27,9 milhões. Para a reitora da universidade, Maria José
de Sena, a diminuição do orçamento pegou os gestores de surpresa.
“Ninguém está fazendo
drama. Somos gestores públicos e temos responsabilidade com o orçamento
público. Em momento algum a Associação Nacional dos Reitores foi chamada. Não
temos como fazer mágica, não tem milagre”, diz.
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) fica na Zona Norte do Recife — Foto: Reprodução/TV Globo
Com um campus da instituição
sendo instalado em Garanhuns,
no Agreste, a reitora da UFRPE não sabe se a transição vai ser efetivamente
feita. “Hoje não temos mais a garantia. Esperamos que o Ministério da Educação
nos escute”, diz Maria José.
Na Universidade
Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina,
no Sertão, a determinação de MEC provoca o corte de R$ 11 milhões do orçamento
de 2019. Esse dinheiro seria destinado a ações de graduação e pós-graduação.
A medida também
restringe 84% do capital de investimento, ou seja, R$ 6 milhões do orçamento
programado, incluindo emendas parlamentares.
“No momento em que temos um corte, precisamos deixar de pagar
serviços. Muito em breve, não poderemos pagar as faturas de água e energia e
temos que fazer a demissão de pessoas que prestam serviços à nossa
universidade. São pessoas muito importantes, mas poderemos perdê-las”, diz o
reitor da instituição, Julianeli Tolentino de Lima.
Campus Sede da Univasf em Petrolina — Foto: Leciane Lima/TV Grande Rio
Fonte: G1 PE e TV GLOBO
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