Helicóptero foi apreendido pela Polícia Civil nesta quinta-feira (30), na segunda fase da Operação Mar Aberto Foto: PCPE/Divulgação
Iate
foi avaliado em R$ 15 milhões. DJ Jopin foi preso no começo de maio. Pai dele
foi apontado pela Polícia Civil como líder de organização criminosa que sonegou
R$ 65 milhões.
Por: Visão do Araripe
Dois
helicópteros, um iate de 115 pés e uma Ferrari original foram apreendidos,
nesta quinta-feira (30), na segunda fase da operação Mar Aberto, que prendeu José Pinteiro Júnior, conhecido como DJ Jopin,
e outras oito pessoas. Coordenada pelo Departamento de Repressão à Corrupção e
ao Crime Organizado (Draco), a ação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão.
O
iate foi apreendido na Praia do Jacaré, na Paraíba, e a Sefaz vai pagar R$ 10,5
mil em combustível para trazer a embarcação para Pernambuco. Segundo a Polícia
Civil, a embarcação é avaliada em R$ 15 milhões e tem três pavimentos.
De
acordo com o delegado Jean Rockfeller, chefe da Diretoria Integrada
Metropolitana, também foram feitas apreensões no Centro de Observação e Triagem
Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. "Apreendemos celulares e
uma quantia considerável de dinheiro com os presos desta operação. Tudo vai ser
periciado", afirma.
O
grupo é investigado por crime tributário e lavagem de dinheiro. A operação
conta ainda com participação da Diretoria de Operações da Secretaria da Fazenda
de Pernambuco. Segundo a polícia, o grupo de empresas investigado movimentou R$
358 milhões em cinco anos e, do total, foi constatada a sonegação de, pelo
menos, R$ 65 milhões.
Carro antigo foi apreendido no Empresarial Joping, na Zona Sul do Recife, na segunda fase da Operação Mar Aberto, nesta quinta-feira (30) — Foto: PCPE/Divulgação
Foram
apreendidos, também nesta quinta, seis carros de colecionadores, que estavam no
empresarial Jopin, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife.
Um
dos helicópteros foi apreendido em um terreno no Pina. O Grupamento Tático
Aéreo (GTA) fez uma inspeção na aeronave, antes de levantar voo e levá-lo para
o hangar do GTA, ao lado do Aeroporto do Recife. O outro foi apreendido em
Diadema, em São Paulo. A Ferrari foi localizada em Caruaru, no Agreste
pernambucano.
Na primeira fase da Operação Mar Aberto, deflagrada no
dia 9 de maio, a Polícia Civil prendeu o DJ Jopin e mais oito pessoas
para dar cumprimento a nove mandados de prisão preventiva. Também foram
apreendidos diversos carros de luxo e bens como joias e relógios em Pernambuco,
na Paraíba e em São Paulo.
DJ Jopin foi preso na primeira fase da Operação Mar Aberto — Foto: Reprodução/TV Globo
O
empresário José Pinteiro da Costa Neto, pai do DJ Jopin, também estava entre os
presos. Ele foi apontado pela Polícia Civil como o líder de uma organização criminosa que sonegou R$ 65
milhões. O dinheiro era sonegado através de uma empresa de
fabricação de embarcações e de festas, da qual o DJ Jopin era dono.
Segundo
o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), o ministro Joel Llan Paciornik indeferiu o
pedido de habeas corpus que beneficiaria o empresário José Pinteiro Costa Neto
e o filho dele, José Pinteiro Júnior. A Polícia Civil informou que, na quarta
(29), Andréa Pinteiro foi a última das quatro mulheres presas na Operação Mar
Aberto a ser solta.
As
investigações da Mar Aberto se iniciaram em 2017, mas as irregularidades
começaram a ser observadas pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) em 2012, com as
constatações de 77 execuções fiscais em nome de José Pinteiro na
Procuradoria-Geral do Estado.
O
inquérito está sob a responsabilidade da delegada Priscila Von Sohsten. Os
detalhes preliminares da ação desta quinta-feira (30) devem ser divulgados ao
longo da manhã.
Material apreendido durante segunda fase da Operação Mar Aberto é levado para a sede do Draco, no Recife — Foto: Marina Meireles/G1
Fonte: G1
PE
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