sexta-feira, 31 de maio de 2019

Bens apreendidos em operação que prendeu DJ Jopin valem cerca de R$ 20 milhões, diz polícia




Apreensões de iate, helicópteros e carros aconteceram na quinta-feira (30). Dentro das celas onde estão os presos da Operação Mar Aberto, foram encontrados R$ 3 mil.
Por: Visão do Araripe
Com a segunda fase da Operação Mar Aberto, deflagrada na quinta (30) para investigar crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiroe organização criminosa que teriam sido praticados pelo DJ Jopin e por integrantes de sua família, a Polícia Civil apreendeu um patrimônio estimado em cerca de R$ 20 milhões. 

Os bens devem ser leiloados para que o valor subtraído com a lavagem de dinheiro volte aos cofres públicos. "Como os bens são frutos de lavagem de dinheiro, são muito valiosos e podem se deteriorar, precisamos fazer a alienação antecipada para que haja um leilão e os valores possam ser revertidos ao estado", diz a delegada Priscila Von Sohsten, responsável pela operação.

    Iate está entre os bens apreendidos pela Polícia Civil durante a Operação Mar Aberto II — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Ao todo, foram apreendidos um iate de 145 pés, dois helicópteros, sete carros, sendo seis de colecionador e uma Ferrari. As apreensões ocorreram no Recife; em Diadema, em São Paulo; e em Cabedelo, na Paraíba.

"O que nos chama a atenção é que todos eles estavam em nome de terceiros, por isso que não conseguimos alcançá-los na primeira fase. Essa é uma característica da lavagem de dinheiro, a tentativa de ocultação dos bens", afirma a delegada.

Também foram encontrados três celulares e R$ 3 mil dentro das celas em que os presos estão no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Os telefones encontrados na unidade prisional devem passar por perícia.

"Ainda não sabemos o motivo dessa utilização dos celulares, mas a investigação vai continuar para saber se existem outras pessoas envolvidas", declara Priscila.

Outros prejuízos

Segundo o secretário-executivo da Fazenda de Pernambuco, Anderson Freire, não houve prejuízo apenas em relação à sonegação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Em somente um dos veículos apreendidos, uma BMW, há um débito de R$ 34 mil em IPVA [Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores]. Juntando quatro veículos, o débito é de R$ 70 mil", diz.

O grupo econômico não atuava com empresas chamadas de "laranja", mas, de acordo com a Secretaria da Fazenda de Pernambuco, essa é uma prática que traz danos econômicos ao estado. "Nos últimos cinco anos, foram movimentados R$ 2,8 bilhões em Pernambuco por empresas 'laranja'. Desse total, R$ 3,5 milhões foram sonegados nesse período", afirma Freire. 

Entenda o caso

primeira fase da Operação Mar Aberto, deflagrada no dia 9 de maio, cumpriu nove mandados de prisão. Além do DJ Jopin, o empresário José Pinteiro Costa Neto, pai do artista, foi preso e apontado como o líder da organização. Também foram presas as seguintes pessoas:

Andrea Bandeira de Melo Pinteiro (esposa de José Pinteiro)

Victoria Bandeira de Melo Pinteiro (filha de José Pinteiro)

Aníbal Teixeira de Vasconcelos Pinteiro (sobrinho de José Pinteiro e sócio da We Do)

Adriana Bandeira Vieira de Melo (cunhada de José Pinteiro)

Rômulo Robérico Tavares Ramos (operador financeiro)

Patrícia de Lima Oliveira (esposa de Rômulo e "laranja")

Matheus Felipe Fonseca Nascimento ("laranja")

Ao longo do mês de maio, as quatro mulheres foram soltas após pedidos de habeas corpus. Os cinco homens detidos permanecem presos.

Além das prisões, foram apreendidos 34 veículos, R$ 24 mil em espécie, obras de arte, relógios, joias e também foram bloqueados 15 imóveis.

Fonte: Marina Meireles – G1 PE

1 comentários:

RVPhotos disse...

Não sei de onde algumas informações são tiradas, essa embarcação não passa nem perto de 145 pés, chega a ser ridículo afirmar isso na matéria