Entrou no décimo dia a greve dos caminhoneiros, nesta quarta
(30). O movimento ganhou simpatia da sociedade porque é contra o aumento
abusivo nos combustíveis da Petrobras que, desde outubro de 2016, atrela os
reajustes à variação do dólar e à cotação internacional do petróleo. Por isso o
presidente da estatal, Pedro Parente, pode cair ainda hoje.
A conta não fecha por uma questão óbvia: o trabalhador
brasileiro ganha o salário em real e paga o gás de cozinha, a gasolina e o
diesel em dólar cuja variação é diária. Ou seja, nesse período houve 223
reajustes nos preços dos combustíveis.
Políticos do MDB alinhados com Michel Temer pedem a cabeça de
Parente e modificação da política de preços da Petrobras. Eles apontam o
presidente da Petrobras como responsável pela “tragédia” da paralisação dos
caminhoneiros.
Para piorar a situação de Pedro Parente, os petroleiros
entraram hoje em greve com pautas parecidas com a dos caminhoneiros: redução no
preço dos combustíveis e demissão do presidente da Petrobras.
Diante da crescente pressão na política e nas ruas, Temer
admitiu nesta terça (29), em São Paulo, que poderá mexer na política de preços
da estatal. É ver para crer.
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