O presidente Michel Temer (MDB) convocou para esta
segunda-feira (21) uma reunião de emergência no Palácio do Planalto para
discutir a alta dos preços dos combustíveis. A reunião, que estava marcada para
as 18h, ocorre no momento em que o governo se vê desgastado politicamente pela
paralisação por tempo indeterminado deflagrada hoje por caminhoneiros que
bloqueiam rodoviais em dezoito estados do país.
Foram chamados para participar da conversa com Temer os
ministros de Minas e Energia, Moreira Franco, da Fazenda, Eduardo Guardia, da
Casa Civil, Eliseu Padilha, e do Planejamento, Esteves Colnago, além do
secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.
Pela manhã, os presidentes do Senado, Eunício Oliveira
(MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciaram a criação, na próxima
quarta-feira (23), de uma comissão-geral no Congresso, que acompanhará os
desdobramentos da política de reajuste de preços de combustíveis no país.
Nesta manhã, Guardia afirmou que o governo examina a redução
de tributos incidentes sobre os combustíveis, mas ressaltou que não tem ainda
nenhuma decisão sobre o assunto e que, neste momento, não há “flexibilidade
fiscal”.
O anúncio da paralisação dos caminhoneiros foi feito na
última sexta-feira (18), em nota distribuída pela Associação Brasileira de
Caminhoneiros (ABCam), após o fracasso nas negociações com o governo
federal. “O aumento constante do preço
nas refinarias e dos impostos que recaem sobre o óleo diesel tornou a situação
insustentável para o transportador autônomo. Além da correção quase diária dos
preços dos combustíveis realizada pela Petrobras, que dificulta a previsão dos
custos por parte do transportador, os tributos PIS/Cofins, majorados em meados
de 2017, com o argumento de serem necessários para compensar as dificuldades
fiscais do governo, são o grande empecilho para manter o valor do frete em
níveis satisfatórios”, diz o comunicado.
EXAME
0 comentários:
Postar um comentário