Apesar de as pesquisas continuarem detectando um desejo de
mudança, a oferta será inferior à demanda por renovação. Essa é a opinião de
Renato Meirelles, coordenador do Instituto Locomotiva – que tem feito
levantamentos sobre o comportamento dos eleitores.
Em uma pesquisa que deve ser divulgada ainda nesta semana
pelo instituto, 81% dos eleitores declararam preferir votar em quem hoje não
exerce mandato. Apesar disso, a tendência não é a de renovação. “Esse número
reflete a demanda eleitoral, mas ela não será representada. O que vai ser
apresentado ao eleitor é uma nova roupagem dos políticos velhos. Em razão das
regras eleitorais e dos recursos financeiros escassos, o eleitor não vai
encontrar as opções de renovação”, disse Meirelles.
Não significa, com isso, dizer que novos nomes não serão
eleitos. Historicamente, o índice de substituição de nomes no Congresso beira
os 50%. “O que acontece não é uma renovação. Os eleitos são filhos, parentes ou
apadrinhados daqueles que já estão no poder”, disse o cientista político Vitor
Oliveira, da agência Pulso Público.
JC ONLINE
0 comentários:
Postar um comentário