Na Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, que começa
hoje (5) e segue até a próxima sexta-feira (9), o Ministério da Saúde alerta
para hábitos simples e saudáveis, como boa higiene, não beber e não fumar, que
podem ajudar a reduzir a incidência da doença. Dados da pasta revelam que o
câncer de boca está mais presente entre homens e que 70% dos casos são
diagnosticados em indivíduos com idade superior a 50 anos.
De acordo com o ministério, a doença afeta os lábios e o
interior da cavidade oral. Dentro da boca, devem ser observados gengivas,
bochechas, céu da boca e língua (principalmente as bordas), além da região
embaixo da língua. A estimativa de novos casos de câncer de boca para 2018,
segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é de 14,7 mil, sendo 11,2 mil
homens e 3,5 mil mulheres.
“Atitudes simples como abstenção de fumo e bebidas
alcoólicas, dieta rica em alimentos saudáveis e boa higiene oral diminuem as
chances de desenvolver a maioria das doenças malignas, inclusive os tumores na
boca, que são os mais comuns tipos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil”,
informou a pasta.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a prevenção
pode ajudar a reduzir a incidência de câncer em até 25% até 2025.
Sintomas
Segundo o ministério, os principais sinais e sintomas a serem
observados são:
– lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam
por mais de 15 dias;
– manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua,
gengivas, palato (céu da boca) e mucosa jugal (bochecha);
– nódulos (caroços) no pescoço;
– rouquidão persistente.
Nos casos mais avançados, de acordo com a pasta, observam-se
os seguintes sintomas:
– dificuldade na mastigação e ao engolir;
– dificuldade na fala;
– sensação de que há algo preso na garganta.
Detecção precoce
Diante de alguma lesão que não cicatrize em um prazo máximo
de 15 dias, a orientação do ministério é procurar um profissional de saúde
(médico ou dentista) para a realização do exame completo da boca. A visita
periódica ao dentista favorece o diagnóstico precoce do câncer de boca, já que
permite identificar lesões suspeitas.
Pessoas com maior risco para desenvolver câncer de boca
(fumantes e consumidores frequentes de bebidas alcoólicas), segundo a pasta,
devem ter cuidado redobrado.
Tratamento
Se diagnosticados no início e tratados da maneira adequada, a
maioria dos casos desse tipo de câncer (80% deles) tem cura. Geralmente, o
tratamento envolve cirurgia oncológica e/ou radioterapia. A avaliação médica,
conforme cada caso, vai decidir qual melhor forma de tratamento.
Os dois tipos de tratamento podem ser usados de forma isolada
ou associada. Ambas as técnicas, de acordo com o ministério, têm bons
resultados em lesões iniciais e a indicação vai depender da localização do
tumor e das alterações funcionais que possam ser provocadas pelo tratamento.
Tânia Rêgo/Agência Brasil
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