Por que uma pessoa se mata?
Entenda o que gera o comportamento e como este gesto extremo
pode ser evitado
O desespero beira o insuportável. A cada dia, o sofrimento –
físico ou emocional – fica mais intenso e viver torna-se um fardo pesado e
angustiante. Sua dor parece incomunicável; por mais que você tente expressar a
tristeza que sente, ninguém parece escutá-lo ou compreendê-lo. A vida perde o
sentido. O mundo ao seu redor fica insosso. Você sonha com a possibilidade de
fechar os olhos e acordar num mundo totalmente diferente, no qual suas
necessidades sejam saciadas e você se sinta outro. Será que a morte é o
passaporte para essa nova vida?
Atire a primeira pedra quem nunca pensou em morrer para
escapar de uma sensação de dor ou de impotência extremas. Parece comum ao ser
humano experimentar, pelo menos uma vez na vida, um momento de profundo
desespero e de grande falta de esperança. Os adjetivos são mesmo esses:
extremo, insuportável, profundo. Mas, aos poucos, os seus sentimentos e idéias
se reorganizam. Suas experiências cotidianas passam a fazer sentido novamente e
você consegue restabelecer a confiança em si mesmo. Você descobre uma saída,
procura apoio, encontra compreensão. Aquele desejo autodestrutivo, aquela
vontade de resolver todos os problemas num golpe só, se dilui. E você segue
adiante. Muitos, no entanto, não conseguem encontrar uma alternativa. O
suicídio, para esses, parece ser a última cartada, o xeque-mate contra o
sofrimento, um gran finale para uma vida aparentemente sem sentido, para um
presente pesado demais ou para um futuro por demais amedrontador. E eles se
matam.
Imperscrutável, no limite, o suicídio não tem explicações
objetivas. Agride, estarrece, silencia. Continua sendo tabu, motivo de vergonha
ou de condenação, sinônimo de loucura, assunto proibido na conversa com filhos,
pais, amigos e até mesmo com o terapeuta. Mas as estatísticas mostram que o suicídio
precisa, sim, ser discutido. Trata-se, além de uma expressão inequívoca de
sofrimento individual, de um sério problema de saúde pública. Segundo o mais
recente relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 804 mil
pessoas se mataram no ano 2012 em todo o mundo – uma taxa de 11,4 para cada 100
mil habitantes. Isso significa um suicídio a cada 40 segundos. A “violência
autodirigida”, como o suicídio é classificado pela OMS, é hoje a 14ª causa de
morte no mundo inteiro. E a terceira entre pessoas de 15 a 44 anos, de ambos os
sexos. Não pode mais ser ignorada.
Na tarde desse domingo, 11 de novembro, por volta das 15
horas e 30 minutos, uma jovem cometeu suicídio em sua própria casa na Avenida
Fernando Bezerra, no bairro Santa Maria, próximo ao Ponto de Apoio em Ouricuri.
Segundo populares ela, identificada como JÉSSICA GABRIELE
FREIRE, estava a alguns dias demonstrando está com depressão e neste domingo,
teria cortado os próprios pulsos, indo a óbito. (informações ainda não
oficiais).
Informações dão conta que Jéssica já havia tentado se matar
há uns meses por envenenamento, passou vários dias na UTI do Hospital Regional
de Ouricuri, não obtendo êxito, mas dessa vez foi fatal.
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