Os brasileiros passaram mais de três horas por dia usando o
celular em 2018. Essa média colocou o país em 5º lugar no ranking global de
tempo dispendido com esse aparelho. O dado é do relatório Estado de Serviços
Móveis, elaborado pela consultoria especializada em dados sobre aplicativos
para dispositivos móveis App Annie, considerando um dos mais completos do
mundo.
Considerando todos os países analisados, os usuários de
smartphones ficaram em média três horas por dia usando aplicativos móveis. Os
países onde essa mania obteve maior popularidade foram Indonésia, Tailândia,
China e Coreia do Sul. No primeiro caso, a média ultrapassou as quatro horas
por dia. A lista considerou os dados de clientes de celulares com sistema
operacional Android.
Na comparação com 2016, o tempo médio diário usando
smartphones cresceu 50%. Na divisão por tipos de aplicações, as redes sociais
concentraram 50% das horas gastas nesses aparelhos, seguidas por programas de
reprodução de vídeo (15%) e por jogos eletrônicos (10%).
Segundo os autores do estudo, esse índice de consumo é
alimentado pelos “micro-momentos cumulativos”, em que as pessoas checam seus
celulares, como para conferir e-mails recebidos, mensagens ou atualizações nas
linhas do tempo de redes sociais. “A natureza ‘em tempo real’ de dispositivos
móveis permitiu um crescimento difundido deste tipo de comportamento dos
consumidores”, indica o estudo.
Downloads
No total, os apps móveis somaram quase 200 bilhões de
downloads em 2018. O número representou um crescimento de 35% em relação a
2016. A média brasileira de crescimento foi menor no mesmo período, de 25%. A
China teve grande participação, sendo responsável por metade dos aplicativos
baixados em lojas para sistemas operacionais Android e iOS. Esse desempenho foi
70% maior do que em 2016, quando foi registrado o dobro do ritmo de crescimento
médio global.
No tocante ao número de aplicativos instalados, usuários do
Japão, dos Estados Unidos e da Coreia do Sul ultrapassaram mais de 100
programas instalados. A média de apps usados, contudo, ficou entre 30 e 40. No
caso brasileiro, as médias ficaram em pouco mais de 70 aplicativos instalados e
pouco mais de 30 utilizados pelos navegadores.
Mercado
O levantamento também mapeou o tamanho do mercado de
aplicações móveis. No total, o segmento movimentou US$ 101 bilhões (R$ 378
bilhões). O índice representou um aumento de 75% em relação a 2016. A China
representou quase 40% dos gastos mundiais. A ampliação do mercado no país teve
ritmo quase dobrado da média mundial, cerca de 140%. Na Coreia do Sul, as
vendas aumentaram 80% no mesmo período.
Com grande parte dos apps disponibilizados gratuitamente, o
segmento mais dinâmico do mercado é o de jogos eletrônicos. A comercialização
desses programas abocanhou 74% do mercado mundial. Contudo, os apps que não são
jogos também ganharam espaço, saindo de US$ 3,7 bilhões (R$ 13,89 bilhões) em
receitas em 2013 para US$ 19,7 bilhões (R$ 74 bilhões) em 2018.
Os serviços líderes de mercado foram Netflix, Tinder, Tencent
Video, iQIYI e Pandora Music. O 3º e 4º são plataformas de vídeo chinesas,
enquanto o 5º é uma empresa que disponibiliza músicas dos Estados Unidos.
Na divisão geográfica, as receitas ficaram concentradas em
três grandes polos: China, com 32% dos gastos em empresas sediadas no país;
Estados Unidos, com 22% e Japão, com 21%. As cinco maiores empresas do mundo
foram a Tencent (China), NetEase (China), Activision Blizzard (Estados Unidos),
Bandai Namco (Japão) e Net Marble (Coreia do Sul).
Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil Brasília
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