Depois de cerca de 30 anos sem registrar um caso de peste
bubônica no estado, o Rio de Janeiro investiga uma suspeita da doença em São
Gonçalo, no Grande Rio. A direção do Hospital Municipal Luiz Palmier, onde a
vítima está internada, confirmou a suspeita na última quinta-feira (10).
Segundo comunicado divulgado pela Secretaria Municipal de
Saúde de São Gonçalo, o paciente não apresenta quadro clínico característico da
doença. No entanto, a bactéria responsável pela peste bubônica foi identificada
em um exame preliminar feito pelo município.
De acoro com a nota, o material colhido no exame foi
encaminhado para reavaliação pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen), do
governo do estado, e também pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os resultados
dos exames sairão nos próximos dias, segundo a Secretaria de Saúde de São
Gonçalo.
O subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Alexandre
Chieppe, destaca que a peste bubônica tem um nível muito elevado de cura quando
tratada precocemente. “Foi iniciado o protocolo de tratamento de peste, que não
é nada complicado, é apenas o uso de antibiótico.”
Chieppe esclarece que não existe risco de alastramento ou
epidemia. Segundo ele, essa é uma doença já controlada em todo o país. “A gente
vai lidar com esse caso com muito cuidado. Pode ser só uma suspeita. A
princípio o paciente não preenche os critérios de definição da peste”, afirma.
A peste bubônica, também conhecida como peste negra, é uma
doença transmitida por meio de uma bactéria presente em roedores. A
contaminação é feita por meio de pulgas que picam o animal infectado e depois
os humanos. O último caso registrado no Brasil foi no estado do Ceará, em 2005.
Por Jéssica Antunes*
Rio de Janeiro
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