sábado, 19 de janeiro de 2019

Órgãos de Saúde americanos mudam as diretrizes para a hipertensão


Para que o coração bombeie sangue para o nosso corpo ele precisa se contrair e relaxar. Quando ele faz esse movimento ele cria uma pressão sobre as artérias. Essa pressão é chamada de pressão arterial sistólica. Da mesma forma quando o músculo está em repouso, entre uma batida e outra, ele faz relaxa sobre as artérias. Esse tipo de pressão é chamada de pressão arterial diastólica.

Quando o cálculo da pressão arterial dá um resultado igual ou maior que 14 (valor correspondente à pressão arterial sistólica) por 9 (valor correspondente à pressão arterial diastólica) pode ser caracterizada como hipertensão. Essa métrica era válida até o momento. No entanto, após uma decisão da American Heart Association e outras entidades representativas de saúde, os valores relacionados à hipertensão arterial sistólica passaram a ser de 13 e os valores relacionados à pressão arterial diastólica passaram a ser 8.

As novas diretrizes eliminam a categoria de pré-hipertensão, que foi utilizada para denominar pressões sanguíneas com um número entre 12 e 13,9 para pressão arterial sistólica e entre 80 e 89 para pressão arterial diastólica.

Sendo assim, os níveis que anteriormente eram considerados normais, como a pré-hipertensão, passam a ser considerados como hipertensão. De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo novo relatório, esses índices já colocavam o paciente em risco de morte doença cardíaca, no entanto não eram tratados adequadamente. Agora, o objetivo é que os pacientes que se enquadrarem nesse índice realizem o tratamento contra a hipertensão.


Essa é a primeira vez em 14 anos que as diretrizes passam por algum tipo de mudança. Com ela, de acordo com a American Heart Association, 46% dos adultos dos Estados Unidos serão considerados hipertensos. Segundo dados anteriores, cerca de 32% da população tinha hipertensão.


E aqui no Brasil?

Você deve estar se perguntando como é que fica a situação aqui no Brasil? O Minha Vida entrou em contato com a Sociedade Brasileira de Hipertensão para saber mais a respeito.
                        
É importante ressaltar que até hoje, os níveis considerados para dizer que uma pessoa é hipertensa, são os valores maiores ou iguais a 140/90 mmHg (popularmente conhecido como 14/9).

Segundo os especialistas da entidade que tiveram acesso à pesquisa, "uma ponderação dos próprios autores nos faz entender que o objetivo real desta mudança é ressaltar a importância do tratamento não medicamentoso (mudança no estilo de vida sem o envolvimento de remédio) para a maioria dos adultos americanos. Essa conduta levaria a um discreto aumento na proporção de pacientes que necessitariam de tratamento medicamentoso"

No entanto, de acordo com os médicos, "um ponto que merece atenção é que os estudos que sustentam o tratamento de indivíduos com hipertensão, agora definida como estágio 1(130/139 /80-89 mmHg), não são suficientemente robustos para tal recomendação, isto é, não adianta ?medicar o número? se houver fatores de risco para doença cardiovascular não abordados adequadamente".


FONTE: MINHA VIDA

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