Para que o coração bombeie sangue para o nosso corpo ele
precisa se contrair e relaxar. Quando ele faz esse movimento ele cria uma
pressão sobre as artérias. Essa pressão é chamada de pressão arterial
sistólica. Da mesma forma quando o músculo está em repouso, entre uma batida e
outra, ele faz relaxa sobre as artérias. Esse tipo de pressão é chamada de
pressão arterial diastólica.
Quando o cálculo da pressão arterial dá um resultado igual ou
maior que 14 (valor correspondente à pressão arterial sistólica) por 9 (valor
correspondente à pressão arterial diastólica) pode ser caracterizada como
hipertensão. Essa métrica era válida até o momento. No entanto, após uma
decisão da American Heart Association e outras entidades representativas de
saúde, os valores relacionados à hipertensão arterial sistólica passaram a ser
de 13 e os valores relacionados à pressão arterial diastólica passaram a ser 8.
As novas diretrizes eliminam a categoria de pré-hipertensão,
que foi utilizada para denominar pressões sanguíneas com um número entre 12 e
13,9 para pressão arterial sistólica e entre 80 e 89 para pressão arterial
diastólica.
Sendo assim, os níveis que anteriormente eram considerados
normais, como a pré-hipertensão, passam a ser considerados como hipertensão. De
acordo com os pesquisadores responsáveis pelo novo relatório, esses índices já
colocavam o paciente em risco de morte doença cardíaca, no entanto não eram
tratados adequadamente. Agora, o objetivo é que os pacientes que se enquadrarem
nesse índice realizem o tratamento contra a hipertensão.
Essa é a primeira vez em 14 anos que as diretrizes passam por
algum tipo de mudança. Com ela, de acordo com a American Heart Association, 46%
dos adultos dos Estados Unidos serão considerados hipertensos. Segundo dados
anteriores, cerca de 32% da população tinha hipertensão.
E aqui no Brasil?
Você deve estar se perguntando como é que fica a situação
aqui no Brasil? O Minha Vida entrou em contato com a Sociedade Brasileira de
Hipertensão para saber mais a respeito.
É importante ressaltar que até hoje, os níveis considerados
para dizer que uma pessoa é hipertensa, são os valores maiores ou iguais a
140/90 mmHg (popularmente conhecido como 14/9).
Segundo os especialistas da entidade que tiveram acesso à
pesquisa, "uma ponderação dos próprios autores nos faz entender que o
objetivo real desta mudança é ressaltar a importância do tratamento não
medicamentoso (mudança no estilo de vida sem o envolvimento de remédio) para a
maioria dos adultos americanos. Essa conduta levaria a um discreto aumento na
proporção de pacientes que necessitariam de tratamento medicamentoso"
No entanto, de acordo com os médicos, "um ponto que
merece atenção é que os estudos que sustentam o tratamento de indivíduos com
hipertensão, agora definida como estágio 1(130/139 /80-89 mmHg), não são
suficientemente robustos para tal recomendação, isto é, não adianta ?medicar o
número? se houver fatores de risco para doença cardiovascular não abordados
adequadamente".
FONTE: MINHA VIDA
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