A operação Anticorrupção II, realizada pela Polícia Civil em
Aliança, na Zona da Mata de Pernambuco, nesta quarta-feira (16), investiga a
relação entre funcionários-fantasmas e seis vereadores da cidade, entre eles a
presidente da câmara. Segundo o chefe da corporação, delegado Joselito do
Amaral, o desvio de recursos públicos pode chegar a R$ 500 mil.
Em entrevista coletiva, na sede do Departamento de Repressão
à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), no Recife, Amaral informou que foram
cumpridos 12 mandados de busca e apreensão.
As ações ocorreram na câmara e em 11 residências de
servidores. Os nomes dos funcionários e dos vereadores não foram divulgados
oficialmente pela polícia.
O chefe da polícia disse, ainda, que, a partir dos
depoimentos de 12 servidores, ficou clara a prática de crimes como falsidade
ideológica, organização criminosa e peculato, quando o agente público consegue
obter vantagens por causa do cargo.
“Começamos a investigar o caso em agosto de 2018 e
identificamos que os servidores atuavam recebendo salários sem trabalhar. Eles
disseram, por meio de delação premiada, que assinaram pontos sem trabalhar.
Isso sugere enriquecimento ilícito dessas pessoas”, afirmou o delegado.
Noventa policiais participaram ada operação. Eles recolheram
documentos, celulares e computadores na câmara de Vereadores de Aliança.
A Câmara de Aliança tem 11 vereadores. “Agora, a polícia está
trabalhando para ampliar essas investigações e, então, solicitar as prisões
desses servidores públicos”, observou.
Por G1 PE
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