O governador do Ceará, Camilo Santana, enviou ao Ministério
da Justiça pedido de envio de homens da Força de Segurança Nacional após a
explosão de uma bomba em uma pilastra de um viaduto em Caucaia, região
metropolitana de Fortaleza, e o incêndio de dois ônibus e uma van. O Ministério
da Justiça e Segurança Pública está analisando o pedido.
No portal do governo e em sua conta no Facebook, Camilo
Santana descreveu que solicitou “apoio do governo federal, através do reforço
de homens da Força Nacional de Segurança, Exército e Força de Intervenção
Integrada (FIPI)”.
Para reforçar a segurança no estado, o governador também
anunciou “a nomeação imediata da turma de 220 novos agentes penitenciários,
antes prevista para março” e “a imediata nomeação dos 373 novos policiais
militares, já formados, para atuação nas ruas”.
O defensor público Emerson Castelo Branco, que atua em
presídios no estado, disse à Agência Brasil que “as causas dos incidentes ainda
tem que ser apuradas”. Ele, no entanto, assinala que os incidentes ocorrem após
a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária ter anunciado
“endurecimento” na atuação nos presídios, 12 no total.
A imprensa local aponta que “facções” que atuam nos presídios
comandaram os episódios de violência. No Ceará, atuam três facções de
criminosos, duas de caráter nacional e uma local.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de
Passageiros do Estado do Ceará informou que dez ônibus foram incendiados. Mais
de uma dezena de pessoas foram presas ou apreendidas por suposto envolvimento
com os atentados. Há adultos e adolescentes sob investigação.
*Colaborou Renata Aline Cavalcante, repórter do
Radiojornalismo da EBC
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