sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Palma e agave estão sendo pesquisados como fonte de biomassa para a produção de biocombustíveis


O pesquisador do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Josimar Gurgel, participa de dois projetos que buscam o desenvolvimento de biocombustíveis partir da biomassa de palma e agave. São eles: “Aproveitamento energético da palma forrageira: seleção de genótipos, desenvolvimento de rotas de processamento e avaliação do ciclo de vida da produção de biomassa” e “Avaliação do aproveitamento químico e energético da biomassa de agave na região semiárida do Nordeste do Brasil”.

As experiências, que foram contempladas pelo Edital Universal 2018 do CNPQ, com recursos de R$ 77.000,00 e R$ 30.000,00, respectivamente, serão coordenadas pelos professores Rômulo Menezes (Palma) e Emmanuel Dutra (Agave), ambos do Grupo de Pesquisa em Energia da Biomassa do Departamento de Energia Nuclear da UFPE, e contam também com o apoio do pesquisador Aldo Torres Sales. Esses projetos são fruto de parcerias com importantes instituições de pesquisa do Nordeste do Brasil, como o Instituto de Pesquisas Agronômicas de Pernambuco (IPA), o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA Algodão), a Universidade de Pernambuco (UPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

As áreas experimentais serão instaladas nos municípios de Caruaru e Tacaimbó. Nesses locais, serão cultivadas e estudadas diversas variedades, a fim de descobrir as que apresentam melhores rendimentos e composição química para a produção de biocombustíveis para a produção de biocombustíveis (etanol, bióleo e biogás). Nesse primeiro momento da pesquisa serão selecionados os melhores materiais genéticos de Palma e Agave para produção de biocombustíveis em escala comercial.

Segundo o pesquisador Josimar Gurgel: “É necessário buscar alternativas para utilização de grandes áreas do Semiárido, suscetíveis à desertificação, utilizando espécies já adaptadas ao clima, a fim de garantir uma alternativa de renda sustentável ao agricultor familiar e a permanência produtiva e sustentável na região”.

Após a definição das variedades a serem utilizadas e estabelecidas as melhores estratégias de produção, os biocombustíveis serão produzidos em escala piloto na Biorrefinaria Experimental de Resíduos Sólidos Orgânicos – (BERSO), que integra o grupo de pesquisa em Energia da Biomassa da UFPE. Também serão realizados os testes e análises necessários para inserção no mercado. “A expectativa é de que, com resultados sólidos e confiáveis, dentro de alguns anos tenhamos um biocombustível economicamente viável para ser produzido, a partir da palma e do agave, cultivados no Semiárido” destacam os pesquisadores. Há cinco anos, os pesquisadores avaliam a viabilidade da palma na produção de biocombustíveis




IPA/Assis Ramalho

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