O pesquisador do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA),
Josimar Gurgel, participa de dois projetos que buscam o desenvolvimento de
biocombustíveis partir da biomassa de palma e agave. São eles: “Aproveitamento
energético da palma forrageira: seleção de genótipos, desenvolvimento de rotas
de processamento e avaliação do ciclo de vida da produção de biomassa” e
“Avaliação do aproveitamento químico e energético da biomassa de agave na
região semiárida do Nordeste do Brasil”.
As experiências, que foram contempladas pelo Edital Universal
2018 do CNPQ, com recursos de R$ 77.000,00 e R$ 30.000,00, respectivamente,
serão coordenadas pelos professores Rômulo Menezes (Palma) e Emmanuel Dutra
(Agave), ambos do Grupo de Pesquisa em Energia da Biomassa do Departamento de
Energia Nuclear da UFPE, e contam também com o apoio do pesquisador Aldo Torres
Sales. Esses projetos são fruto de parcerias com importantes instituições de
pesquisa do Nordeste do Brasil, como o Instituto de Pesquisas Agronômicas de
Pernambuco (IPA), o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), a
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA Algodão), a Universidade
de Pernambuco (UPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
As áreas experimentais serão instaladas nos municípios de
Caruaru e Tacaimbó. Nesses locais, serão cultivadas e estudadas diversas
variedades, a fim de descobrir as que apresentam melhores rendimentos e
composição química para a produção de biocombustíveis para a produção de
biocombustíveis (etanol, bióleo e biogás). Nesse primeiro momento da pesquisa
serão selecionados os melhores materiais genéticos de Palma e Agave para
produção de biocombustíveis em escala comercial.
Segundo o pesquisador Josimar Gurgel: “É necessário buscar
alternativas para utilização de grandes áreas do Semiárido, suscetíveis à
desertificação, utilizando espécies já adaptadas ao clima, a fim de garantir
uma alternativa de renda sustentável ao agricultor familiar e a permanência
produtiva e sustentável na região”.
Após a definição das variedades a serem utilizadas e
estabelecidas as melhores estratégias de produção, os biocombustíveis serão
produzidos em escala piloto na Biorrefinaria Experimental de Resíduos Sólidos
Orgânicos – (BERSO), que integra o grupo de pesquisa em Energia da Biomassa da
UFPE. Também serão realizados os testes e análises necessários para inserção no
mercado. “A expectativa é de que, com resultados sólidos e confiáveis, dentro de
alguns anos tenhamos um biocombustível economicamente viável para ser
produzido, a partir da palma e do agave, cultivados no Semiárido” destacam os
pesquisadores. Há cinco anos, os pesquisadores avaliam a viabilidade da palma
na produção de biocombustíveis
IPA/Assis Ramalho
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