Uma mulher foi presa após tentar sacar, pelo segundo mês, R$
25 mil do benefício de aposentadoria da mãe, que já havia falecido. O flagrante
aconteceu nessa quarta-feira (9), na sede Fundação de Aposentadorias e Pensões
dos Servidores do Estado de Pernambuco (Funape), no bairro do Derby, na área
central do Recife.
A fraude foi identificada pela Funape, que já havia sido
notificada do óbito da idosa, por meio do Sistema de Controle de Óbitos
Nacional. De acordo com Tatiana Nóbrega, presidente da Fundação, Terezinha
Maria Vasconcelos Melo, de 63 anos, havia feito o saque do benefício portando
um falso atestado como prova de vida da genitora.
“Mensalmente fazemos um confronto de informações dos
beneficiários, por meio de um convênio com a Secretaria da Previdência, onde
temos acesso ao banco de dados nacional e aos atestados de óbitos”, esclareceu
Tatiana.
Na checagem mensal, foi identificada a retirada do benefício
da aposentada dias após sua morte, em outubro do ano passado. “Assim que
constatamos a fraude, bloqueamos a conta e procuramos a polícia”, conta a
presidente da Funape.
A delegada Viviane Santa Cruz, responsável pela operação,
conta que, no momento do flagrante, Terezinha continuou afirmando que o
documento de vida era verídico, mesmo a equipe de investigação tendo em mãos a
certidão de óbito. “O que nos chamou a atenção foi que o documento tinha folhas
originais, validado em cartório. Tudo constava para ser verdadeiro, caso alguém
não tivesse acesso à informação oficial da morte da beneficiária”, conta a
delegada, que agora segue a investigação para apurar quem gerou o documento
falsificado.
Confirmada a inveracidade dos relatos da suspeita, ela foi
detida e encaminhada à delegacia, onde foi autuada e presa em flagrante pelo
delito.
Direitos legais
Terezinha, que também recebe aposentadoria da Secretaria de
Educação, poderia ter direito ao benefício de sua mãe, caso tivesse procurado
por meios legais. “Ela teria direito a uma parte da pensão da mãe, incluindo
cálculos do 13º, já que a morte ocorreu em outubro, mas infelizmente, optou por
este caminho”, pontua Tatiana Nóbrega.
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