“Eu senti que estava em extinção. Estar tão perto da morte me
fez sentir assim”. A frase foi dita há cinco meses, em junho de 2018, pelo
músico Marcelo Yuka, ex-baterista e fundador do grupo O Rappa que morreu
nesta..., no Rio de Janeiro, aos 53 anos. A fala antiga ilustra a saúde frágil
do artista que vivia em hospitais e estava internado em estado grave em
decorrência de um derrame cerebral que sofreu em agosto de 2018.
Autor de sucessos como ‘Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero)’,
‘Pescador de Ilusões’ e ‘Me Deixa’, Yuka se tornou paraplégico desde que levou
nove tiros durante um assalto, em 2000. O músico chegou a ficar internado por
mais de um ano, em 2017, sendo oito meses sem sair da cama. Os momentos
difíceis o fizeram considerar desistir da carreira e da vida, mas Yuka decidiu
não pensar na dor que sentia 24 horas por dia, nem guardar rancor do que o
destino reservou para ele.
Ao apresentador Pedro Bial, disse que a sensação de ter
estado tão perto da morte, no último período em que esteve internado, o fez
repensar o presente. “Eu senti que estava em extinção. Estar tão perto da morte
me fez sentir assim: ‘Eu sou o último de mim. Eu não tenho filhos’. Esse
impacto teve um lado bom, que fez eu me prender a coisas essenciais como a
amizade”, refletiu na época.
CORREIO
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