O apresentador de TV Luciano Huck afirmou na manhã desta
segunda-feira, 6, que o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) é um político
competente, mas representa a velha política, e comentou que “gosta muito” de
Marina Silva (Rede), pela postura ética da candidata. Apesar disso, Huck
afirmou que não dirá em quem vai votar nas eleições 2018. As declarações foram
dadas no evento GovTech Brasil, em São Paulo.
Questionado sobre a aliança de Geraldo Alckmin com o Centrão
– PP, PR, PRB, Solidariedade e DEM -, Luciano disse que Alckmin é competente,
mas não representa a renovação. “O Alckmin é um político clássico. Se fosse
eleito presidente, entregaria o País melhor do que recebeu. Haja vista São
Paulo, que tem bons números, tem boa execução do que ele se propôs a fazer. É
um politico competente, mas é velha política”, disse.
Huck também elogiou a “postura ética” de Marina Silva e a
história de vida da candidata da Rede. “A integridade ética dela é inegociável.
Essa retidão é importante para o debate”.
Indagado se apoiaria algum candidato, disse que quer esperar
o início da campanha, mas não vai dizer em quem vai votar. Segundo ele, seu
compromisso contratual é o de “não ser partidário”. “Minhas preferências eu
nunca escondi, mas campanha não vou fazer. Não vou declarar voto, nunca
declarei. Mas todo mundo sabe que tenho respeito e admiração pela Marina, como
tenho pelo Alckmin”, afirmou.
Luciano Huck falou também que irá fazer um vídeo incentivando
a doação de pessoas físicas para candidatos da renovação. Como pessoa física,
ele afirmou que doará para o PPS, partido que tem diversos candidatos do
movimento Agora!. Essa doação irá, segundo Huck, para um fundo dentro do PPS e
será destinado aos candidatos da renovação dentro da legenda.
Sobre a participação nessa eleição, o apresentador disse que
vai trabalhar pela renovação. “Eu quero ser coerente, quero estar com a
bandeira da renovação. Eu vou ficar chacoalhando a bandeira da renovação e dar
visibilidade aos movimentos”.
O GovTech Brasil é organizado pela ONG BrazilLAB e pelo
Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio), e conta com o Estado como
parceiro de mídia. O evento ocorre em São Paulo, nos dias 6 e 7 de agosto, com
palestrantes de dez países.
Presidenciáveis também vão participar
Huck afirmou que 5 candidatos à Presidência já confirmaram
presença na conversa sobre inovação tecnológica e agenda digital no
encerramento da GovTech.
Os confirmados são Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles
(MDB), João Amoedo (Novo), Guilherme Boulos (PSOL) e Marina Silva (Rede). O
ex-prefeito Fernando Haddad, indicado para vice na chapa do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, foi convidado para o evento.
Manuela D’Ávila tinha sido convidada, mas, segundo a
organização ela não virá. Como representante do candidato petista, Lula, o
convidado foi Haddad. Todos os candidatos foram convidados (inclusive Ciro
Gomes e Jair Bolsonaro – que não confirmaram presença).
“Não será um debate, mas uma conversa. O que nós queremos ver
é o que esses candidatos têm a falar sobre inovação”, disse Huck. “Acho que
esse tema está acima das ideologias. Por isso, vai ser curioso ouvir o que
candidatos tão diferentes como Alckmin, Amoedo e Boulos têm a dizer sobre o
tema”, completou.
Depois da participação na conversa sobre inovação, os
candidatos serão convidados a assinarem uma carta compromisso sobre a
aplicabilidade de inovação tecnológica no setor público. “Está claro que você
vai acontecer muita coisa nos próximos 10 anos em relação a como a tecnologia
mexe na vida das pessoas. Se você não colocar a pauta da tecnologia como
prioridade no Brasil em se tratando de governo, a sociedade civil vai ficar
muito mais avançada e conectada do que o governo. E se o governo ficar mais
atrasado que a sociedade, ele não vai ter mais nenhuma legitimidade para
governar”, disse Huck.
Huck também comparou o movimento de renovação política ao
processo de renovação tecnológica no governo. “A gente não vai ter mágica, não
vai ter renovação política nesse ciclo eleitoral. É uma coisa para dois ou três
ciclos. A mesma coisa em renovação tecnológica. Esse é o começo de uma
semente”, disse. “Os candidatos que estarão aqui amanhã, não serão eles que
farão a revolução digital que o Brasil precisa. Eles podem começar a colocar o
tema na pauta. A lição de casa do próximo governante é grande”, completou.
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