Várias reformas e medidas apoiadas por Jair Bolsonaro pioram
as condições de trabalho e salariais dos profissionais do magistério, o que
pode levá-los a mais estresse e outras doenças
Os professores de um modo geral estão entre os trabalhadores
mais suscetíveis a doenças provocadas e/ou agravadas pelo exercício da
profissão. Carga horária excessiva, salas superlotadas e estressantes,
indisciplina dos alunos, escolas insalubres, desmotivação salarial etc, etc,
etc. Tudo isso contribui, em maior ou menor grau, para que os docentes adquiram
ou agravem uma série de enfermidades.
Pelo que propôs de “reformas” o desgolverno Temer (PMDB),
algo que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) promete continuar,
enfermidades comuns aos professores tendem a crescer.
Saiba por quê:
PEC 55 (Já aprovada)
Proíbe investimentos principalmente em Saúde e Educação por
20 anos. Na prática, significará mais arrocho salarial aos professores e
degradação ainda maior das escolas. Ou seja, docentes, para ganhar mais, terão
que elevar suas jornadas diárias em ambientes de trabalho cada vez mais
insalubres. O que isto trará como consequências? Mais doenças.
Reforma da Previdência
O projeto eleva de forma absurda a idade mínima para
aposentadoria. O texto propõe inclusive o fim da Aposentadoria Especial dos
professores. O que isto significa? Mais tempo de trabalho, isto é, no mínimo
cinco anos a mais em sala de aula. Ou seja, o professor pode envelhecer doente
e, mesmo assim, tendo que continuar na labuta.
Reforma Trabalhista
Na prática, é um desmonte da CLT. Tal medida abre caminho
para que num futuro próximo se acabe até com direitos básicos, como férias e
descanso semanal remunerados e 13º salário. Mais arrocho, mais doenças. Alguém
duvida?
Projeto de Lei do Senado – PLS 409/2016: Na prática, anula os
pisos do magistério e do pessoal da Saúde, pois autoriza prefeitos e
governadores a dar reajustes abaixo até da inflação oficial do governo. É mais
arrocho, mais estresse, mais doenças.
Dentre os problemas mais comuns que afetam os professores,
estão:
Alergias, que levam a rinites, amigagdalites e sinusites
Distúrbios vocais e disfonias, que podem evoluir inclusive
para a perda da voz
Problemas na coluna
Hipertensão arterial
Distúrbios psicológicos, como estresse, depressão, desânimo,
tristeza e síndome do pânico
E até diminuição da libido sexual
Os professores devem ficar, portanto, cada vez mais atentos e
não se submeter aos resultados dessas reformas. Adaptar-se a elas certamente
significará o ganho de mais doenças aos profissionais do magistério
Por Elismar Rodrigues - Ouricuri em Foco
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