O Banco do Brasil vai destinar R$ 103 bilhões para o
financiamento da safra agrícola 2018/2019. O valor é 21% maior do que o total
desembolsado na safra 2017/2018, cerca de R$ 85 bilhões. Para a safra que se
inicia neste mês, os juros também serão menores do que os praticados até este
momento. Em entrevista à NBr, o presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério
Caffarelli, disse que, para a agricultura familiar, a taxa vai variar de 2,5% a
4,6% ao ano e, para os empréstimos do agronegócio, será de 6% a 7,5%. O anúncio
do Plano Safra do Banco do Brasil foi feito hoje (4) em cerimônia na sede da
instituição, com a participação do presidente Michel Temer.
O Banco do Brasil é o principal agente de financiamento da
agricultura brasileira: responde por 60% do crédito disponível para o setor.
Neste ano, o governo federal anunciou um total de R$ 194,3 bilhões para o
financiamento da safra agrícola 2018/2019. "Eu considero o Banco do
Brasil, que é responsável por 60% dos créditos do agronegócio, o grande
parceiro da agricultura brasileira. É importante destacar, acima de tudo, a
capacidade que o produtor brasileiro teve de se superar, se reinventar e fazer
com que o Brasil chegasse aos números que temos hoje", afirmou Caffarelli.
O lançamento do Plano Safra do Banco do Brasil acontece
tradicionalmente na sequência do anúncio do governo federal. Os R$ 103 bilhões
serão direcionados ao custeio e ao investimento da produção agrícola, bem como
à comercialização dos produtos. No total, o saldo da carteira de crédito
agrícola do Banco do Brasil tem R$ 185 bilhões, sendo R$ 43 bilhões para a
agricultura familiar, R$ 117 bilhões para grandes empresas e R$ 24 bilhões para
empresas de médio porte.
O presidente do Banco do Brasil destacou a importância do
setor rural para a retomada do crescimento econômico do país. "O
agronegócio talvez seja o grande instrumento que o Brasil tem hoje para a
retomada do crescimento econômico. O setor teve participação ativa na superação
da crise", argumentou.
Segundo Caffarelli, a agricultura responde por 23% do Produto
Interno Bruto (PIB) e por 44% do total das exportações brasileiras, o que deixa
clara a vocação do país para o agronegócio. "Estamos trabalhando para dar
continuidade a um trabalho que foi feito, lembrando que a safra 2016/2017 foi a
maior de todos os tempos. Nós tivemos 238 milhões de toneladas. Esperamos que a
safra 2017/2018 possa atingir números bastante semelhantes. Portanto, começamos
uma nova safra com muita expectativa, com muita esperança de continuar esse
processo de produção", disse.
Nos últimos 25 anos, segundo Caffarelli, a área plantada no
país cresceu 65%, mas a produção aumentou 375% no mesmo período. Para se chegar
a esses índices, disse Caffarelli, houve um forte investimento em tecnologia,
pesquisa e desenvolvimento, bem como um estímulo ao crédito, com participação
expressiva do Banco do Brasil.
Agência Brasil
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