quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Aposentado e pensionista têm uma semana para provar ao INSS que estão vivos


Aposentados e pensionistas do INSS que ainda não fizeram a comprovação de vida em 2017 devem ficar atentos. O prazo para provar ao INSS que estão vivos termina daqui a uma semana, na próxima quarta-feira (28). Quem não fizer no prazo pode ter o pagamento suspenso.

O prazo inicialmente era 31 de dezembro, mas foi prorrogado até 28 de fevereiro. Até o começo deste mês, 3,2 milhões de segurados (cerca de 10% do total) ainda não haviam feito a comprovação.
                      
Todos os beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que recebem seus pagamentos em conta corrente, conta poupança ou cartão magnético devem provar que estão vivos uma vez por ano. Saiba mais como esse procedimento funciona.

1 - Onde fazer a prova de vida?
O aposentado ou pensionista deve ir diretamente ao banco onde recebe o benefício. NÃO é preciso ir a uma agência do INSS.


2 - Que documentos levar?

É preciso levar um documento com foto (RG, carteira de trabalho ou carteira de motorista, por exemplo)

Alguns bancos também fazem a comprovação usando o sistema de biometria (uso da impressão digital) nos caixas eletrônicos, de acordo com o governo.

3 - E quem não pode ir à agência?
Quem não pode ir às agências do banco por causa de doença ou dificuldade de locomoção pode fazer a prova de vida por meio de um procurador. Porém, antes disso, é preciso cadastrar esse procurador junto ao INSS.

6 - O que acontece se não fizer a comprovação?
Segundo o INSS, o pagamento do benefício poderá ser interrompido até que o segurado faça a comprovação de vida no banco. Para regularizar a situação, é necessário ir à agência bancária pagadora.



INSS gastou R$ 1,1 bilhão em benefícios pagos a mortos, diz relatório


O INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) registrou, em 2016, um rombo de pelo menos R$ 1,1 bilhão em aposentadorias e pensões pagas a beneficiários mortos --o deficit previdenciário fechou 2016 em R$ 149,73 bilhões, pior patamar desde 1995. A informação consta de um relatório elaborado por técnicos do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União ao qual o UOL obteve acesso. O documento indica que o rombo pode ser ainda maior e que há casos em que benefícios foram pagos em nome de pessoas mortas em 2005

A constatação dos gastos irregulares surge em meio às tentativas do governo federal de aprovar no Congresso Nacional sua proposta de Reforma da Previdência. Entre os principais argumentos a favor das mudanças, está o deficit nas contas previdenciárias, que estaria orçado em R$ 184 bilhões em 2017, segundo o próprio governo.


O governo começou, no segundo semestre do ano passado, uma revisão nos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez. O relatório do Ministério da Transparência explica a origem do rombo de R$ 1,1 bilhão no ano passado. Ela pode ser dividida em duas partes.

A primeira é o pagamento indevido a beneficiários mortos. Os beneficiários do INSS, na sua grande maioria, recebem suas aposentadorias e pensões por meio de bancos cadastrados. O dinheiro é depositado diretamente na conta dos titulares.

Quando um beneficiário morre, os cartórios têm até o dia 10 do mês seguinte ao ocorrido para informar ao INSS sobre o óbito. Pelas normas técnicas, após receber a informação, cabe ao órgão suspender o envio do dinheiro ao morto.

O problema, segundo os técnicos, é que nem sempre a suspensão dos benefícios acontece de forma automática. Eles destacam que a demora para a suspensão dos benefícios é resultado de uma conjunção de fatores que vai desde a falta de infraestrutura adequada para o processamento das informações até a diminuição do quadro de pessoal do órgão.

Um levantamento feito entre janeiro e agosto de 2016 detectou que o INSS pagou benefícios a 101.414 pessoas que constavam como mortos no SISOBI (Sistema Informatizado de Óbito), operado pela Secretaria de Previdência Social. Esse mesmo levantamento identificou 1.256 beneficiários cujas mortes tinham sido constatadas em 2005, mas que recebiam benefícios em 2016.
Em média, segundo esse estudo, o INSS levou quatro meses para suspender o benefício. O prejuízo apenas nesse período dos oito primeiros meses de 2016 foi de R$ 460 milhões. Em dezembro de 2016, o rombo totalizou R$ 1,134 bilhão.

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