Aposentados e pensionistas do INSS que ainda não fizeram a
comprovação de vida em 2017 devem ficar atentos. O prazo para provar ao INSS
que estão vivos termina daqui a uma semana, na próxima quarta-feira (28). Quem
não fizer no prazo pode ter o pagamento suspenso.
O prazo inicialmente era 31 de dezembro, mas foi prorrogado
até 28 de fevereiro. Até o começo deste mês, 3,2 milhões de segurados (cerca de
10% do total) ainda não haviam feito a comprovação.
Todos os beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) que recebem seus pagamentos em conta corrente, conta poupança ou cartão
magnético devem provar que estão vivos uma vez por ano. Saiba mais como esse
procedimento funciona.
1 - Onde fazer a prova de vida?
O aposentado ou pensionista deve ir diretamente ao banco
onde recebe o benefício. NÃO é preciso ir a uma agência do INSS.
2 - Que documentos levar?
É preciso levar um documento com foto (RG, carteira de
trabalho ou carteira de motorista, por exemplo)
Alguns bancos também fazem a comprovação usando o sistema de
biometria (uso da impressão digital) nos caixas eletrônicos, de acordo com o
governo.
3 - E quem não pode ir à agência?
Quem não pode ir às agências do banco por causa de doença ou
dificuldade de locomoção pode fazer a prova de vida por meio de um procurador.
Porém, antes disso, é preciso cadastrar esse procurador junto ao INSS.
6 - O que acontece se não fizer a comprovação?
Segundo o INSS, o pagamento do benefício poderá ser
interrompido até que o segurado faça a comprovação de vida no banco. Para
regularizar a situação, é necessário ir à agência bancária pagadora.
INSS gastou R$ 1,1 bilhão em benefícios pagos a mortos, diz
relatório
O INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) registrou,
em 2016, um rombo de pelo menos R$ 1,1 bilhão em aposentadorias e pensões pagas
a beneficiários mortos --o deficit previdenciário fechou 2016 em R$ 149,73
bilhões, pior patamar desde 1995. A informação consta de um relatório elaborado
por técnicos do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União ao
qual o UOL obteve acesso. O documento indica que o rombo pode ser ainda maior e
que há casos em que benefícios foram pagos em nome de pessoas mortas em 2005
A constatação dos gastos irregulares surge em meio às
tentativas do governo federal de aprovar no Congresso Nacional sua proposta de
Reforma da Previdência. Entre os principais argumentos a favor das mudanças,
está o deficit nas contas previdenciárias, que estaria orçado em R$ 184 bilhões
em 2017, segundo o próprio governo.
O governo começou, no segundo semestre do ano passado, uma
revisão nos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez. O relatório
do Ministério da Transparência explica a origem do rombo de R$ 1,1 bilhão no
ano passado. Ela pode ser dividida em duas partes.
A primeira é o pagamento indevido a beneficiários mortos. Os
beneficiários do INSS, na sua grande maioria, recebem suas aposentadorias e
pensões por meio de bancos cadastrados. O dinheiro é depositado diretamente na
conta dos titulares.
Quando um beneficiário morre, os cartórios têm até o dia 10
do mês seguinte ao ocorrido para informar ao INSS sobre o óbito. Pelas normas
técnicas, após receber a informação, cabe ao órgão suspender o envio do
dinheiro ao morto.
O problema, segundo os técnicos, é que nem sempre a
suspensão dos benefícios acontece de forma automática. Eles destacam que a
demora para a suspensão dos benefícios é resultado de uma conjunção de fatores
que vai desde a falta de infraestrutura adequada para o processamento das
informações até a diminuição do quadro de pessoal do órgão.
Um levantamento feito entre janeiro e agosto de 2016
detectou que o INSS pagou benefícios a 101.414 pessoas que constavam como
mortos no SISOBI (Sistema Informatizado de Óbito), operado pela Secretaria de
Previdência Social. Esse mesmo levantamento identificou 1.256 beneficiários
cujas mortes tinham sido constatadas em 2005, mas que recebiam benefícios em
2016.
Em média, segundo esse estudo, o INSS levou quatro meses
para suspender o benefício. O prejuízo apenas nesse período dos oito primeiros
meses de 2016 foi de R$ 460 milhões. Em dezembro de 2016, o rombo totalizou R$
1,134 bilhão.
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